Redação AmbienteBrasil
Platéia lotada e atenta. No foco, 10 palestrantes que participaram, na última semana, do Seminário “Projetos de Seqüestro de Carbono: Avanços e Expectativas para o Próximos Anos”, no auditório do Conselho Regional de Quimica, em São Paulo. O evento, que foi o primeiro realizado no Brasil após a Décima Primeira Conferência das Partes (COP11) à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que aconteceu entre os dias de 28 de novembro a 9 de dezembro, em Montreal, Canadá, reuniu palestrantes de várias instituições de renome, como o ABN/Amro Bank, Petrobras, MGM Internacional e Instituto Ecoplan, entre outras.
Promovido pelo portal AmbienteBrasil em parceria com a AG Comunicação Ambiental, e com o apoio do escritório Pinheiro Pedro Advogados e Conselho Regional de Química de São Paulo, o evento trouxe os principais resultados da COP 11, além de debater os rumos brasileiros na produção e no desenvolvimento de projetos de Seqüestro de Carbono.
Entre os palestrantes do evento, Stefan David, da MGM Internacional, destacou que o Protocolo de Kyoto é o primeiro instrumento legal internacional que propõe uma solução comercial a um problema ambiental global. Segundo ele, os própositos dos MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo são permitir aos países industrializados cumpram com metas de reduções a um menor custo e contribuir com o desenvolvimento sustentável dos países em desenvolvimento.
De acordo com a palestrante Simone Nogueira, que participou do evento no Canadá, a COP11 teve 14 decisões. A advogada destacou que os países concordaram em iniciar negociações para ação no âmbito da Convenção. Ela revelou ainda o grande potencial brasileiro nas áreas de aterros, co-geração de energia com bagaço de cana, reflorestamento, tratamento de esgoto, etc.
Como ela, o palestrante Antonio Lombardi, do ABN, destacou a existência de grandes oportunidades nas áreas de siderurgia, agribusiness, eficiência energética industrial (processos), petroquímica. Segundo ele, o Brasil está entre os maiores emissores mundiais por contas das queimadas na Amazônia. Lombardi destacou que o mercado mundial é estimado em aproximadamente 800MM T/Ce (? 8B) para MDL por ano até 2012.
Para Marco Aurelio Ziliotto, diretor do Instituto Ecoplan, mediador do segundo painel do evento, o seminário foi uma grande oportunidade de discutir um tema cada vez mais atual. Ele destacou a importante participação de empresas como a Petrobras no evento. “É um mercado promissor, não há dúvida”, destacou. “O importante agora é informar, através de eventos como esse, a importância de projetos de seqüestro de carbono para que cada vez mais empresas e profissionais possam atuar na área”.
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