Danielle Jordan / AmbienteBrasil
A 15ª Conferência do Clima da ONU será realizada apenas em dezembro em Copenhague, na Dinamarca, mas aqui no Brasil comunidades tradicionais e povos indígenas já se preparam.
Desde ontem uma capacitação em Brasília reúne líderes Indígenas e das populações tradicionais da Amazônia no seminário “Desmistificando REDD: fortalecendo a participação dos povos indígenas e tradicionais nas discussões sobre mudanças climáticas”.
O evento é realizado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) em conjunto com o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA) e Grupo de Trabalho Amazônico (GTA).
De acordo com o pesquisador do Ipam, Paulo Moutinho, essa é uma das maiores oportunidades para valorização das florestas e populações que nelas vivem, “especialmente a Amazônia, é no âmbito da mudança do clima”, diz.
Além da redução das emissões, Moutinho destaca a redução do desmatamento e a proteção da floresta. Segundo ele, a atuação desses povos é fundamental. “Temos nas terras indígenas da Amazônia brasileira e nas reservas cerca de 15 bilhões de toneladas de carbono, o que equivaleria ao esforço de oito Kyotos”, disse à AmbienteBrasil.
Na avaliação do pesquisador é importante que essas comunidades tenham conhecimento de seu papel: “o patrimônio das florestas nas terras indígenas também é um meio de evitar que os problemas com aquecimento global aumentem”, conclui.
Os participantes discutem formas de participar nas discussões que serão levadas à ONU, no final do ano.