EXCLUSIVO: Natal época de consumo e fartura – saiba o que fazer para reduzir o impacto ao ambiente e garantir a festa

Danielle Jordan / AmbienteBrasil

Em muitas casas o dia de hoje vai repetir o mesmo cenário. Famílias e amigos reunidos, mesa farta, presentes e embrulhos espalhados. Na maioria a mesma dúvida deve surgir: o que fazer com tanta comida que sobrou da ceia de Natal?

Por mais que o cardápio seja o mesmo no almoço deste dia 25, muita coisa acaba indo para o lixo. A sensação é de que nunca mais conseguiremos comer nada, depois de tanta fartura. Vem a culpa. Não só por ter exagerado e ter quebrado a dieta, mas por desperdiçar tanto alimento. Depois, a promessa: no próximo ano será diferente. Mais uma daquelas promessas de final de ano que nunca chega a ser cumprida.

Mas, o exagero não pára na mesa. Os papéis de presente embolados pelos cantos lembram o quanto foi gasto com presentes e objetos, que nem sempre terão utilidade. Pilhas de cartões de Boas Festas vão parar em gavetas. Não precisamos ser radicais a ponto de abolir esse costume, mas cabe a reflexão há tanto esquecida, sobre o verdadeiro espírito de Natal.

Não podemos esquecer o quanto é bom presentear e ser presenteado. A alegria de uma criança ao receber do Papai Noel o tão esperado brinquedo, não pode ser menosprezada, mas podemos dentro do possível, minimizar o impacto que causamos ao planeta a partir de pequenas ações.

O Instituto Akatu lista em seu site algumas dicas de consumo que reproduzimos abaixo com intenção de presentearmos as futuras gerações com o que de mais belo temos hoje: a natureza.

– Compre somente o necessário
O primeiro passo para combater o excesso de lixo é combater o excesso de luxo. Evite fazer compras por impulso e não consuma além de suas possibilidades, para não desperdiçar (e não se endividar). Planeje bem antes de ir ao mercado e evite comprar grandes volumes para estoque. Quanto menos você comprar, menos vai jogar fora.

– Compre produtos ambientalmente corretos
Dê preferência a produtos concebidos nas bases do eco-design, que considera os impactos ambientais em todos os estágios do desenvolvimento do produto, como planejamento, produção, embalagem, distribuição, descarte etc.
Evite comprar produtos de materiais descartáveis, que, embora práticos, geram lixo desnecessário. Prefira produtos duráveis e resistentes ou que permitam o aumento da vida útil por meio de recargas e refis, como, por exemplo, cartuchos de impressão, pilhas e baterias recarregáveis. Reutilizar é muito importante.

Prestigie também os produtos feitos com material reciclado. Apoiar empresas que investem em reciclagem é uma atitude de consumo consciente.

– Leve sua própria sacola ao fazer compras
Se puder, leve sua própria sacola ao fazer as compras. Assim você deixará de usar (e, posteriormente, descartar) vários sacos plásticos. Se não for possível, procure encher bem os saquinhos para reduzir a quantidade deles que você leva para casa e que irão parar no lixo.

Este tipo de saco, que, em São Paulo, por exemplo, corresponde a 40% das embalagens jogadas no lixo, demora 450 anos para se decompor e ocupa de 15% a 20% do volume de um lixão, embora corresponda a apenas de 4% a 7% de sua massa. Portanto, seu uso deve ser evitado.

– Economize papel
Procure usar os dois lados do papel, produto que exige grande quantidade de água e de energia para ser produzido. Antes de imprimir um documento, revise-o com cuidado, para não gastar papel à toa. Reutilize envelopes, mas dê preferência ao e-mail.

E toda aquela comida que sobrou? O Instituto também preparou algumas dicas que podem ajudar não só a aproveitar o resto da ceia, como incrementar o cardápio durante todo o ano que está para iniciar:

– Não jogue fora as sobras
Aprenda a reciclar as sobras de alimentos: do feijão, faça sopa. Com arroz, cenouras cozidas, carne assada ou o que restou da bacalhoada prepare deliciosos bolinhos. Frutas azedas ou maduras demais viram compotas, geléias e recheios para bolo.

– Prefira produtos da estação
Consuma verduras, legumes e frutas da estação, que além de mais saborosos têm preços mais baixos. Em geral, esses produtos vêm de mais perto, não exigindo grande transporte, reduzindo assim as perdas pela manipulação, os gastos com combustível e a emissão de poluição.

AmbienteBrasil deseja a todos um Feliz Natal. Farto, mas com muita consciência.
*Com informações do Instituto Akatu.