Danielle Jordan / AmbienteBrasil
A poluição causada pelas queimadas em canaviais será medida pelo Instituto de Pesquisas Meteorológicas, da IPMet, da Universidade Estadual Paulista, campus de Bauru e pelo Centro de Análise e Planejamento Ambiental, Ceapla, campus de Rio Claro.
Serão instalados equipamentos para realizar uma avaliação sobre os impactos da atividade sobre a qualidade do ar. O Laboratório de Monitoramento Ambiental, Lapam, inaugurado em 23 de março, no IPMet, Laboratório de Bauru, também fará parte das medições.
As pesquisas fazem parte de um projeto promovido pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento “Leopoldo Américo Miguez de Mello”, Cenpes, da Petrobrás.
A Unesp utiliza um aparelho capaz de visualizar os fluxos das correntes de ar, chamado de Sodar, Sonic Detection And Ranging. São emitidas ondas acústicas que retornam ao atingir qualquer obstáculo, como nuvens, de acordo com a assessoria de comunicação. Microfones especiais captam o som e a cada meia hora são atualizados os gráficos que apontam a direção dos ventos.
“Com esses instrumentos podemos dizer para onde a poluição produzida em uma determinada região vai naquele momento”, explicou o coordenador do Lapam, Gerhard Held.
Outro aparelho, o Lidar, da sigla em inglês Light Detection and Ranging, lança feixes de raios laser na atmosfera. A medição é focada na presença de aerossóis, partículas minúsculas que ficam suspensas no ar. O aparelho esteve em Bauru de 1º a 9 de fevereiro e deve retornar no período de queima dos canaviais.
A partir dos dados coletados, pesquisadores de várias instituições, além da Unesp, vão detalhar o impacto da poluição gerada pela queimadas na região.
*Com informações da Unesp.