Uma pesquisa realizada no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, INPA, propõe a utilização de seis tipos de madeiras da Amazônia.
De acordo com o estudo do Engenheiro Florestal, Alexandre Nascimento de Almeida, autor da pesquisa “O grau de substituição de seis espécies da Amazônia no mercado internacional de madeira serrada”, madeiras muito exploradas como o mogno, por exemplo, podem ser substituídas por outras com características semelhantes.
De acordo com Almeida a maior parte da produção madeireira da região amazônica é considerada predatória ou resultante do desmatamento. A produção considerada sustentável nem sempre é eficiente e a falta de qualificação profissional e de equipamentos adequados causam danos à floresta.
Segundo ele, a pesquisa teve como finalidade mostrar que o mercado internacional considera várias características além das características físicas na hora de escolher uma espécie. “Uma espécie escura pode ser uma boa substituta de uma clara para produzir caixotes, caso não seja um caixote com finalidade decorativa”, disse. “Uma mesa de mogno pode ser uma boa substituta de uma mesa de Ipê, caso o fator motivador que leve a escolha seja o status de possuir uma mesa com madeira nobre”, exemplificou. A substituição pode ser feita de acordo com a necessidade do mercado.
Almeida destaca como um dos benefícios da troca, a restrição da exploração de espécies consideradas valiosas. O engenheiro florestal ressaltou ainda a importância da floresta em pé. “Além da importância ecológica interminável as florestas possuem uma importância econômica muito grande, pois fornecem matéria-prima para produção de papel, produtos madeireiros e não-madeireiros, energia renovável, biotecnologia, etc”, disse.
*Com informações da Agência Fapeam.