Confira aqui as principais notícias e artigos que foram publicados durante a semana no Ambientebrasil.
Brasil já sente impactos das mudanças climáticas e situação pode se agravar
Desde o final de janeiro o Sudeste brasileiro sofre com sucessivas chuvas torrenciais, um dos exemplos foi quando em apenas 24 horas, o volume de chuvas na capital paulista foi de 92,4 mm – o equivalente a 42,6% dos 216,7 mm da média para fevereiro. Nesta ocorrência, o Corpo de Bombeiros recebeu 10.371 ligações, que resultaram em 2.345 ocorrências relacionadas a enchentes, desabamentos, deslizamentos e quedas de árvores. A Defesa Civil paulista confirmou sete mortes, 1528 desalojados e 408 desabrigados, em balanço divulgado na manhã da terça feira.
Segundo o coordenador do Modelo Brasileiro de Sistema Terrestre (BESM) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a alteração do ciclo hidrológico já é uma influência das mudanças climáticas pelo mundo. E acrescenta, se a temperatura média global continuar em alta, teremos na região Norte e Nordeste uma maior redução das chuvas e no Sul e Sudeste a ocorrência de secas mais duradouras intercaladas por períodos muito chuvosos.
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Cidades-esponja: conheça iniciativas pelo mundo para combater enchentes em centros urbanos
Assim como grandes cidades brasileiras, várias partes do mundo sofreram com enchentes e inundações que causaram tragédias nas últimas décadas. Para enfrentar ou evitar catástrofes, urbanistas têm rejeitado soluções tradicionais – baseadas em bocas de lobo e encanamentos – em favor de novas formas de garantir a drenagem da água: criando, assim, as chamadas cidades-esponja.
A aplicação envolve um novo olhar sobre as cidades, onde ao invés de coletar a água da chuva e retorná-las o mais rápido possível aos rios, as cidades-esponja asseguram espaços e um maior tempo de retenção para que a água seja absorvida pelo solo. Exemplos práticos desta metodologia consiste em parques alagáveis, telhados verdes, calçamentos permeáveis e praças-piscina.
A empresa americana que defende ‘compostagem humana’ como alternativa ‘verde’ a enterro ou cremação
“Há uma praticidade amorosa nisso” diz a criadora da Recompose, empresa que defende a ´compostagem humana´ como uma alternativa sustentável quando comparado a enterro ou cremação.
O processo de recomposição (processo de integrar o corpo ao solo) envolve deixar o corpo em um compartimento fechado com madeiras, alfafa e palha – cerca de trinta dias depois os familiares podem utilizar como adubo em plantas. Em comparação com a cremação, a redução natural orgânica de um corpo impede que 1,4 tonelada de carbono seja lançado na atmosfera.
A investigadora que resolve crimes analisando o pólen das plantas
Patricia Wiltshire, professora de ciências biológicas, se tornou uma das maiores especialistas no mundo em “ecologia forense” quando seu conhecimento sobre os diferentes tipos de pólen de vegetais ajudou na resolução de um assassinato.
A partir disso, Patricia já participou em mais de 300 investigações policiais pelo mundo. Segundo ela, diferente de outras formas de provas, o pólen não desaparece com tanta facilidade, além de grudar nas roupas, sapatos e tapete de carros.
Ações humanas alteram dispersão de sementes na Amazônia, aponta estudo
O estudo publicado nesta terça feira analisou 26.533 árvores de 846 espécies em 230 trechos da Floresta Amazônica, que demostrou que os distúrbios na floresta vão além da perda de espécies.
A grande contribuição do estudo foi analisar que pertubações como queimadas, exploração predatória, fragmentação da vegetação não causam apenas a diminuição da riqueza das espécies e biodiversidade, como também o impacto nos serviços ecológicos de todo o ecossistema.
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O mistério do navio ‘fantasma’ que apareceu na costa da Irlanda após uma tempestade
Um navio “fantasma” apareceu na costa do Condado de Cork, na Irlanda, levado pelo mau tempo que atingiu a Europa em decorrência da tempestade Dennis. O navio parece ter ficado à deriva por mais de um ano, percorrendo milhares de quilômetros no Oceano Atlântico desde que foi abandonado no sudeste das Bermudas em 2018.
Especialistas acrescentam a raridade de se ter um navio à deriva por tanto tempo e o fato de ter sido avistado apenas uma vez desde outubro de 2018, mostrando o quão vasto é o oceano.
Gafanhotos ciborgues foram programados para farejar explosivos
Um grupo de cientistas da Universidade de Washington realizou uma experiência misturando o repertório olfativo dos sensores eletrônicos, com o sistema olfativo de insetos – que podem detectar através dos neurônios receptores olfativos, o odor de químicos no ar.
A antena de cada gafanhoto possui cerca de 50 mil desses neurônios, que nesta experiência realizada com o Gafanhoto-sul-americano (Schistocera americana) foi possível detectar em 80% dos casos onde havia maior concentração de explosivos.