Resumo da Semana: 12 a 18 de Abril de 2020

Confira aqui as principais notícias e artigos que foram publicados durante a semana no Ambientebrasil.

Acompanhe: coronavírus no Brasil e no mundo

Fonte: PNUMA.

A integridade do ecossistema evidencia a saúde e o desenvolvimento humano. As mudanças ambientais induzidas pelo homem modificam a estrutura populacional da vida selvagem e reduzem a biodiversidade, resultando em condições ambientais que favorecem determinados hospedeiros, vetores e/ou patógenos.

Esta integridade do ecossistema também ajuda a controlar as doenças, apoiando a diversidade biológica e dificultando a disseminação, a ampliação e a dominação dos patógenos. É impossível prever de onde ou quando virá o próximo surto. Temos cada vez mais evidências sugerindo que esses surtos ou epidemias podem se tornar mais frequentes à medida que o clima continua a mudar.

Por isso, enfrentar a nova pandemia de coronavírus (COVID-19) e nos proteger das futuras ameaças globais requer o gerenciamento correto de resíduos médicos e químicos perigosos, a administração consistente e global da natureza e da biodiversidade e o comprometimento com a reconstrução da sociedade, criando empregos verdes e facilitando a transição para uma economia neutra em carbono.

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Revolução? Nova enzima decompõe plásticos em componentes elementares

Fonte: Hypescience.

Pesquisadores da Universidade de Toulouse (França) projetaram uma enzima capaz de degradar uma das formas mais comuns de plástico, o polietileno tereftalato (PET), usado principalmente em garrafas de bebidas – E mais, o resultado dessa reação é matéria-prima pode ser diretamente reutilizada para fazer novas garrafas de plástico.

Pesquisadores já conheciam e registraram recentemente organismos capazes de degradar o plástico, o problema é que o degrada completamente. Neste novo estudo, o pré requisito foi criar um processo circular nos quais os materiais pudessem ser decompostos e reutilizados. Os pesquisadores analisaram então as cutinases, criando um grande painel de versões mutantes das enzimas a fim de achar combinações eficazes para a degradação de PETs.

Após isso, os cientistas chegaram a duas versões de cutinases prontas para teste em garrafas PET – que em simulação conseguiram 85% de digestão em 15 horas, e em otimizações de processos, chegaram a 90% de degradação em menos de 10 horas. Para exemplificar este resultado, de 1.000 kg de PET, 863 kg poderiam ser degradados para produzir matéria-prima para plástico – um desempenho melhor do que o das nossas enzimas digestivas quebrando amidos.

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Atividades humanas afetam interações entre plantas e aves dispersoras de sementes

Tucano de bico preto (Ramphastos vitellinus) regurgitando sementes de palmito-juçara (Euterpe edulis) em fragmentos da Mata Atlântica. (Foto: Pedro Jordano).

Nas últimas décadas, pesquisas têm mostrado como a perda de florestas tem impacto direto na diminuição do número de espécies. Agora, um grupo liderado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) demonstra que mudanças na paisagem causadas pelo desmatamento, perda de área e fragmentação florestal resultam não apenas na diminuição de espécies, mas também de suas interações ecológicas. O trabalho, publicado com destaque na capa da revista Biotropica, teve apoio da FAPESP.

A pesquisa integra o Projeto Temático “Consequências ecológicas da defaunação na Mata Atlântica” , na qual os pesquisadores compilaram dados de 16 estudos, cada um sobre um fragmento florestal diferente de Mata Atlântica, formando um gradiente de perturbação humana inferido pelo tamanho da área remanescente de cada fragmento.

Foram cruzadas informações como número de espécies de aves, de plantas e de interações entre esses organismos. Os pesquisadores concluíram que, quanto menor o fragmento florestal, menor é o número de espécies e de interações que ali conseguem persistir. No estudo, a interação considerada foi a dispersão de sementes por aves frugívoras, essencial para a constante regeneração da floresta.

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Empresa brasileira desenvolve tecnologia de refrigeração que não agride a camada de ozônio

Equipamentos de refrigeração de supermercados receberão nova tecnologia que não agride camada de ozônio. Foto: David Gomes/Pexels.

A empresa Plotter Racks, especializada em refrigeração industrial, deu início à fabricação de novos equipamentos de refrigeração que utilizam o propano R-290 como fluido frigorífico alternativo. O material não agride a camada de ozônio e tem impacto desprezível no sistema climático global. O equipamento foi desenvolvido em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO).

A nova tecnologia é voltada para a instalação de equipamentos de refrigeração em empreendimentos de pequeno e médio porte, como mercados e supermercados. Além de sustentável, o fluido alternativo R-290 é mais eficiente e economicamente competitivo.

Em março de 2020, o supermercado Bahamas, em Juiz de Fora (MG), foi a primeira unidade comercial de Minas Gerais a instalar o novo equipamento de refrigeração da Plotter Racks, com fluidos 100% naturais. Foram instaladas no local três máquinas para resfriamento de expositores de alimentos e bebidas utilizando o propano R-290 como fluido frigorífico. Além disso, o CO2 (R-744) – outra substância natural – passou a ser utilizado em expositores de congelados do supermercado.

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Estudo mostra que isótopos pesados do ferro se movimentam do núcleo à superfície da Terra

Fonte: Hypescience.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Davis (EUA) dizem que o núcleo da Terra pode liberar ferro para o manto. O trabalho foi publicado na revista Nature Geoscience no início de abril.

“Se correto, esse é um passo para melhorar nosso conhecimento sobre a interação núcleo-manto”, explica o pesquisador principal Charles Lesher. Ele e sua equipe observaram que isótopos pesados do ferro migram do núcleo para o manto, enquanto isótopos leves tendem a se movimentar em sentido contrário.

Os isótopos são variantes de um mesmo elemento químico. Eles têm o mesmo número de prótons, mas diferem em número de nêutrons. Isso causa uma leve diferença na massa atômica entre os isótopos. Este estudo, analisa a movimentação de isótopos entre áreas de temperatura e pressão bastante diferentes. A pesquisa pode explicar por que há mais isótopos pesados de ferro nas rochas do manto do que no chondrite meteorito isolado – rocha formada no espaço sideral nos estágios iniciais do sistema solar.

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