Conforme noticiado pelo Olhar Digital, um grande evento astronômico promete agitar os céus em fevereiro. O recém-descoberto cometa C/2022 E3 (ZTF) vai passar próximo à Terra de forma tão brilhante que poderá ser visto a olho nu. Segundo os astrônomos, a última vez que ele cruzou a nossa órbita, o mundo era habitado pelos neandertais, há 50 mil anos.
Algo estranho foi percebido esta semana no raro cometa: o surgimento de uma estranha cauda seguindo na direção errada, aparentemente quebrando as leis da física.
Chamado de “cometa verde” graças a uma reação química que emite um brilho esverdeado em torno da bala de canhão cósmica, o corpo celeste foi visto pela primeira vez em março de 2022, vindo em direção à Terra a partir da Nuvem de Oort, uma coleção de objetos gelados no Sistema Solar externo.
Normalmente, cometas como esse têm duas caudas: uma feita de poeira, que é soprada pelo vento solar, e uma feita do gás sublimado de dentro do cometa. Ocorre que, no último sábado (21), uma terceira (e invertida) cauda foi registrada por vários astrofotógrafos ao redor do mundo.
De acordo com a plataforma de clima espacial Spaceweather.com, na verdade, trata-se de uma ilusão de ótica causada pela Terra se movendo através do plano orbital do cometa.
As caudas gêmeas de um cometa são, muitas vezes, claramente visíveis – a cauda de poeira reflete a luz solar, enquanto o gás dentro da outra cauda se torna ionizado, dando-lhe um brilho fraco.
O gás liberado eventualmente esfria e se torna invisível, mas a poeira restante é deixada à deriva na sequência da trajetória do objeto em torno do Sol – seu plano orbital. Quando a Terra atravessa o plano orbital de um cometa, parte dessa poeira é “reiluminada” pelo Sol e surge como uma faixa brilhante, que pode parecer disparar para fora do cometa na direção oposta às suas outras caudas, dependendo da trajetória e orientação do corpo.
Fonte: Olhar Digital