Resumo da Semana: 07 a 13 de Junho de 2020

Confira aqui as principais notícias e artigos que foram publicados durante a semana no Ambientebrasil.

Recursos naturais, economia e transformações em tempos de covid-19

A preservação ambiental é vital para conter o esgotamento de recursos naturais e evitar as consequências socioeconômicas geradas pelos problemas ambientais. O esgotamento desses recursos seria uma situação extrema e isso colocaria em risco até mesmo o crescimento econômico. Essa é uma preocupação relativamente antiga na ciência econômica.

Entretanto, antes do esgotamento, temos muitos problemas decorrentes da escassez e do uso irresponsável dos recursos. Ou seja, só pelo fato de se tornarem mais escassos, eles já trariam impactos profundos em termos de bem-estar e qualidade de vida da população. Pensemos nos problemas que viriam em decorrência da diminuição da fertilidade dos solos, da falta de água em muitas regiões, do desequilíbrio climático associado ao desmatamento, dentre outros. A vida certamente ficaria bem mais difícil num cenário assim.

Com a pandemia provocada pela covid-19 e o distanciamento social, novos hábitos poderão ser incorporados na sociedade, reconfigurando padrões. Tudo indica que alguns hábitos de trabalho mudarão sensivelmente. Para muitos setores, o home office foi uma novidade, uma descoberta. Com planejamento, preparação, desenvolvimento de ferramentas e capacitação, uma parte expressiva das tarefas do cotidiano pode ser realizada a distância. Isso teria consequências importantes em termos de circulação de pessoas e de mobilidade urbana.

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ONU: oceanos são pulmões do planeta e maior meio de absorção de carbono

Em mensagem especial em vídeo para o Dia Mundial dos Oceanos (8 de junho), o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lembrou que, enquanto o mundo trabalha para acabar com a pandemia e sair melhor do que estávamos, temos uma “oportunidade única e a responsabilidade de corrigir a nossa relação com o meio ambiente, incluindo os mares e os oceanos do mundo”.

“Contamos com os oceanos para alimentação, meios de subsistência, transporte e comércio. E, enquanto pulmões do nosso planeta e o seu maior meio de absorção de carbono, os oceanos desempenham um papel vital na regulação do clima global”, explicou Guterres.

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Mapeamento de borboletas na Mata Atlântica identifica áreas prioritárias para conservação

Ao mapear a distribuição de espécies de borboletas na Mata Atlântica, pesquisadores constataram que as regiões do bioma com maior diversidade são a Serra do Mar, a Serra da Mantiqueira, a Mata de Araucárias e algumas áreas específicas situadas no Espírito Santo, em Minas Gerais, na Bahia e em Pernambuco. De acordo com o estudo, portanto, esses seriam locais prioritários para políticas de conservação.

O estudo mostra que os padrões de distribuição encontrados para as borboletas são parecidos com os observados em outros grupos de organismos. Esse dado reforça a existência dos centros de endemismo, que são regiões com alta diversidade e maior número de espécies exclusivas, ou seja, que não ocorrem em outros locais. A existência desses hotspots constitui uma das hipóteses da ciência para explicar a grande diversidade do bioma.

Com o mapeamento, os pesquisadores quantificaram a contribuição da paisagem e do clima na distribuição de borboletas, confirmando que a perda do habitat natural é a principal ameaça à diversidade de espécies.

A pesquisa também mapeou as regiões com menor número de espécies, com destaque para a bacia do Rio São Francisco. Para esses casos, foram propostas pelos cientistas medidas voltadas à restauração de serviços ecossistêmicos, ou seja, à recuperação de ao menos parte dos benefícios propiciados pelo ecossistema, como ciclagem de nutrientes, regulação do clima e da qualidade do ar, controle da erosão do solo e polinização, entre outros.

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Você conhece o filtro solar que não agride corais marinhos?

Estima-se que, a cada ano, até 14 mil toneladas de filtro solar sejam levadas para os recifes de coral em todo o mundo. O impacto de alguns dos ingredientes na composição desses cosméticos está sob controvérsia científica porque podem gerar o branqueamento de corais – uma condição que os deixa vulneráveis e impede que obtenham os nutrientes necessários para sobreviver.

Uma empresa brasileira, do setor de cosméticos, comunicou mais um ganho em sustentabilidade que vai ajudar a mitigar esses impactos em organismos tão importantes para o equilíbrio ambiental: a conquista do atributo Reef Safe. O time de Pesquisa & Desenvolvimento do Grupo Boticário, desenvolveu uma fórmula que garante que o produto não agrida os corais – sendo a primeira marca do Brasil a ter esse atributo comprovado.

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Maiores e mais antigas árvores do mundo estão morrendo, deixando as florestas mais jovens

O maior trecho de floresta de sequoias que ainda resta está localizado no Parque Estadual de Humboldt Redwoods, na Califórnia, EUA.

As sequoias gigantes da Califórnia podem viver por mais de três mil anos, seus troncos chegam a ter o diâmetro equivalente ao comprimento de dois carros e seus galhos atingem quase noventa metros de altura. Mas alguns anos atrás, em meio à maior seca da história, os cientistas notaram algo diferente. Algumas dessas árvores gigantes nos Parques Nacionais da Sequoia e Kings Canyon estavam morrendo de maneiras nunca antes documentadas — de cima para baixo.

Quando os pesquisadores subiram até as copas, descobriram que os perigosos escolitídeos do cedro haviam perfurado os galhos destas árvores.

Para obter informações mais detalhadas da perda global de árvores até o momento, quase vinte cientistas de todo o mundo examinaram mais de 160 estudos anteriores e combinaram suas descobertas com imagens de satélite. A análise revela que, de 1900 a 2015, o mundo perdeu mais de um terço de suas florestas antigas.

Não há uma causa direta única. Décadas de extração de madeira e desmatamento exercem certa influência, dizem os cientistas. Mas temperaturas mais altas e mais dióxido de carbono proveniente da queima de combustíveis fósseis agravaram a maior parte das demais causas de morte das árvores.

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Tinta aplicada em cascos de embarcações pode intoxicar peixes na Amazônia, aponta pesquisa

Tinta aplicada em cascos de embarcações pode intoxicar peixes na Amazônia, aponta pesquisa — Foto: divulgação Adapta.

Uma pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus, apontou que substâncias anti-incrustantes, presentes nas tintas aplicadas em cascos de embarcações podem causar intoxicações em peixes na Amazônia. O estudo observou que a presença de nanopartículas de cobre é capaz de causar danos no aparelho respiratório de peixes de pequeno porte.

De acordo com o instituto, o estudo começou em 2015 com a proposta de saber como os peixes lidam com agentes tóxicos despejados nas águas em quantidades relativamente pequenas.

Uma das principais conclusões da pesquisa, de acordo com o Inpa, é que as nanopartículas aderem às brânquias, órgão respiratório dos peixes, modificando as estruturas e, em longo prazo, dificultando a respiração dos peixes.

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Seis crias de pássaro endêmico em risco de extinção nascem em Galápagos

Seis crias do pássaro vermelho da espécie Pyrocephalus nanus, endêmico do arquipélago de Galápagos e ameaçado de extinção, nasceram em uma área onde existem apenas 40 pares reprodutores.

Seis crias do pássaro vermelho da espécie Pyrocephalus nanus, endêmico do arquipélago de Galápagos e ameaçado de extinção, nasceram em uma área onde existem apenas 40 pares reprodutores, anunciou nesta terça-feira o Parque Nacional de Galápagos.

O parque desenvolve um programa de recuperação da ave, eliminando do seu entorno espécies vegetais introduzidas nas ilhas para facilitar a alimentação dos filhotes. Cientistas e guardas do parque também aplicam um larvicia na base dos ninhos, para evitar a proliferação da mosca parasita Philornis downsi, que provoca a morte das crias.

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