Confira aqui as principais notícias e artigos que foram publicados durante a semana no Ambientebrasil.
Conheça três habitats que nutrem os oceanos
O Dia Mundial dos Oceanos, 8 de junho, celebrou os mares e seus recursos abundantes que ajudam a sustentar a Terra. Alguns recursos e ecossistemas, como as gramas marinhas, os manguezais e os recifes de coral, são poderosas soluções baseadas na natureza que podem nos ajudar a enfrentar as mudanças climáticas e a promover o desenvolvimento sustentável.
As gramas marinhas, por exemplo, são encontradas em águas rasas em cerca de 159 países de todos os continentes, excluindo a Antártica. Elas purificam a água do mar, servem de viveiro para diversos peixes e apoiam a biodiversidade. Um hectare de grama marinha pode abrigar até 40 mil peixes e 50 milhões de pequenos invertebrados, como caranguejos, ostras e mexilhões.
Esses habitats trabalham juntos para capturar e armazenar carbono. Ou seja, as gramas marinhas ajudam os manguezais, protegendo-os das ondas, enquanto os manguezais protegem os leitos de gramas marinhas do excesso de nutrientes e sedimentos.
Alterações no regime de inundação ameaçam árvores centenárias da Amazônia
Estudo do Inpa mostra que degradações do ambiente provocadas pela construção de hidrelétricas em combinação com mudanças do clima podem alterar permanentemente o pulso de inundação abaixo das barragens, prejudicando ecossistemas inteiros.
Conforme o estudo, o patrimônio genético de uma das espécies arbóreas mais adaptadas à inundação está ameaçado. “Isso representa o risco de perda de indivíduos que durante séculos passaram por diferentes eventos de cheias e secas, bem antes da chegada dos europeus à região amazônica, mas que agora morrem em consequências da atuação do ser humano moderno que vem alterando direta (usina hidrelétrica) ou indiretamente (mudanças climáticas) o regime de inundação da maior bacia hidrográfica do mundo”, destacam os autores no artigo.
Ataques de tubarões registram queda no mundo por coronavírus
Desde o início da pandemia de coronavírus, o número de ataques de tubarões registrou uma grande queda, com o fechamento das praias e as quarentenas. A informação foi divulgada pelo Arquivo de Ataques de Tubarões (ISAF) da Universidade Internacional da Flórida.
Que devido ao menor número de turistas e banhistas nas praias, por conta da pandemia do coronavírus, registrou 18 ataques de tubarão no mundo este ano.
Desastres naturais provocaram mais de 510 mil mortes em 50 anos na América Latina, diz Cepal
Mais de 510 mil mortes foram registradas nos últimos 50 anos por desastres naturais relacionados às mudanças climáticas na América Latina, uma região extremamente vulnerável a esses fenômenos, informou nesta quinta-feira (18) a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
Entre 1979 e 2019, houve 2.309 desastres naturais nessa região, que causaram 510.204 mortes e afetaram um total de 297 milhões de pessoas, além de causarem danos de US$ 437 bilhões.
Os dados foram incluídos no livro “A emergência das mudanças climáticas na América Latina e no Caribe: seguimos aguardando a catástrofe ou agimos?”, apresentado na quinta-feira em uma videoconferência de sua sede em Santiago, no Chile.
Itália embrulha geleira para proteger neve dos Alpes do aquecimento global
Um enorme lençol branco cobre parte de uma montanha dos Alpes no norte da Itália. A tela térmica tenta proteger do derretimento a geleira Presena, que já perdeu mais de um terço de seu volume, desde 1993.
A geleira fica a cerca de 3 mil metros, entre Trentino-Alto-Adige e a Lombardia, e é uma importante estação de esqui italiana. No entanto, o aquecimento global e os verões cada vez mais quentes reduzem a cada ano a quantidade de neve no alto da montanha.
Um dos vulcões mais ativos do mundo, Merapi entra em erupção 2 vezes
O vulcão Merapi na Indonésia, um dos mais ativos do mundo, entrou em erupção duas vezes neste domingo, projetando uma nuvem de cinzas de 6.000 metros de altura, informou a agência nacional geológica. As duas erupções duraram quase sete minutos.
As autoridades locais ordenaram aos moradores que permaneçam fora de uma área de três quilômetros ao redor da cratera, próxima de Yogyakarta, a capital cultural da Indonésia.
O que é a nuvem de poeira “Godzilla” que viajou do Saara para as Américas
Na última segunda-feira (22), uma nuvem de poeira vinda do deserto do Saara, no norte da África, chegou ao Caribe, na América Central. O fenômeno, apelidado de “Godzilla”, é o maior e mais intenso dos últimos 50 anos e agora segue em direção à América do Norte.
Essa massa de ar extremamente seca e empoeirada é conhecida como Camada de Ar Saariana. Ela se forma sobre o deserto do Saara e, apanhada pelos ventos alísios e elevada à atmosfera, é arrastada através do Atlântico Norte.
Segundo relatos de meteorologistas à Associated Press (AP), o fenômeno ocorre a cada três ou cinco dias, do final da primavera ao início do outono no Hemisfério Norte, atingindo seu pico durante os meses de junho, julho e até o início de agosto. A camada de partículas pode chegar a 3 quilômetros de espessura. A nuvem deste ano, entretanto, é maior que o normal e está afetando a qualidade do ar em diversas cidades nas Américas Central e do Norte.