Segundo o documento protocolado pelos índios, a demora na análise dos processos tem agravado a “notória situação de conflitos e violência, a insegurança jurídica e social e a criminalização dos nossos povos, comunidades e lideranças”.
O Supremo Tribunal Federal julgou o processo de demarcação em 2009 e criou 19 diretrizes que deveriam ser seguidas em todos os casos envolvendo demarcação, mas as regras foram questionadas por meio de recursos.
Atualmente, 1,7 milhão de hectares abrigam 105 comunidades onde vivem cerca de 20 mil índios de diferentes etnias. Os macuxis são maioria, seguidos pelos wapixanas, ingaricós, taurepangues e patamonas.
Mais de três anos após o Supremo Tribunal Federal aprovar a manutenção da demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol em terras contínuas, as 19 condições estabelecidas pelos ministros em março de 2009 ainda podem ser modificadas ou parcialmente anuladas.
O Tribunal Regional Federal de Roraima absolveu, por falta de provas, os três acusados pelo assassinato do líder macuxi Aldo da Silva Mota, morto a tiros em janeiro de 2003.
O grupo de produtores, que se considera “expulsos da Raposa Serra do Sol”, diz que o governo federal descumpriu termos da desintrusão que previam indenização justa para os ocupantes não índios da reserva de 1,7 milhão de hectares.