O aquecimento da Terra e as mudanças no clima do planeta foram analisados durante o seminário “Mudanças Climáticas – Desafios e Oportunidades”, realizado na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), na última quarta-feira. Promovido pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o debate reuniu parlamentares, integrantes do Governo, representantes do terceiro setor e especialistas. Além de aspectos técnicos e processos políticos relacionados ao aquecimento global, o evento abordou ainda os objetivos e ações prioritárias de uma política nacional sobre o assunto e o mercado de carbono.
O presidente da Comissão de Meio Ambiente de Desenvolvimento Sustentável, deputado Paulo Baltazar, considera importante a mobilização da opinião pública e dos líderes políticos na discussão do Brasil. De acordo com ele, o seminário tem como principal objetivo democratizar as informações sobre o assunto. Por isso, o seminário reuniu representantes de várias áreas com diferentes visões do tema.
Entre os participantes, o Instituto Ecoplan, OSCIP paranaense, esteve apresentando os resultados do 2º Simpósio Latino Americano sobre Fixação de Carbono, realizado em Curitiba (PR) no mês de abril.
Os aspectos científicos sobre as mudanças climáticas foram abordados pelo pesquisador Carlos Nobre, do INPE. As perspectivas da sociedade sobre a convenção do clima foram apresentadas por Rubens Born, do Instituto Vitae Civilis. Além deles, representantes do governo, consultores e advogados enriqueceram o debate.
O coordenador do seminário, deputado Ronaldo Vasconcelos, diz que “é importante para o Brasil ter uma política pública definida para o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo”, concluiu. Vasconcellos vê no reflorestamento uma boa contribuição do Brasil para o equilíbrio do clima no planeta. “O país tem todo o controle técnico, conhece o desenvolvimento das árvores e pode trabalhar nessa questão com muita competência. Então, plantemos, plantemos, plantemos”.
Para o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, o Brasil teve um papel de vanguarda ao criar uma comissão interministerial direcionada para a questão das mudanças climáticas. Segundo ele, o governo brasileiro está trabalhando com critérios rígidos de qualidade e excelência internacional que podem contribuir na captação de recursos para o País. Eduardo Campos também ressaltou a importância do Parlamento brasileiro para que o País tenha uma trajetória segura na implementação dos projetos com base no mecanismo de desenvolvimento limpo, “que têm impacto social muito importante, pois geram cidadania, emprego e podem servir de parâmetro para iniciativas semelhantes”. (ambientebrasil)