A região do Ártico perdeu pelo menos 8% de sua capa de gelo sobre o mar nos últimos 30 anos, num total de 988.416 km² – equivalente à área conjunta dos Estados americanos do Texas e Arizona. O dado conta do estudo quadrienal sobre os impactos do clima sobre o Ártico, divulgado nesta segunda-feira (8).
Os 300 pesquisadores envolvidos no estudo concluíram que a região está sendo particularmente afetada pelas mudanças climáticas produzidas pelo homem. Os resultados aparecem no degelo de glaciais por todo o Ártico, na menor espessura da capa de gelo sobre o mar e no aumento das temperaturas médias.
Nos últimos 50 anos do século 20, segundo o estudo, as temperaturas médias no Alasca e na Sibéria subiram de -15.7ºC para -14.7ºC. Os invernos no Alasca e no oeste do Canadá tiveram as temperaturas médias elevadas de -14.9ºC para -13.8ºC.
Com “uma das mais rápidas e severas mudanças climáticas na Terra”, segundo o estudo, a região do Ártico está contribuindo para o aumento do volume de água nos oceanos. Nos últimos 20 anos, conforme os cientistas, o degelo da superfície ártica fez o nível dos mares subir pelo menos três polegadas.
Financiado pelos Estados Unidos, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega, Suécia e Rússia, a pesquisa reforça as projeções de que as temperaturas médias do planeta devem subir ainda mais por causa das emissões de gases na queima de combustíveis fósseis e outras atividades humanas. (Estadão Online)