ONU e Cruz Vermelha coordenam atendimento a vítimas do maremoto

A ONU – Organização das Nações Unidas e a Cruz Vermelha estão coordenando a mobilização internacional e o trabalho de atendimento emergencial às vítimas do maremoto que matou quase 60 mil pessoas no sul da Ásia no último domingo (26).

Muitas cidades começam a enterrar coletivamente seus mortos, mas em muitas regiões não há mais lugares para manter os cadáveres, e os corpos, já em decomposição, continuam ao ar livre.

Diante da situação, a Organização Mundial da Saúde prevê problemas sérios de epidemias. As Nações Unidas já indicam a necessidade de muita ajuda financeira para a região. “A enormidade do desastre é impressionante”, afirmou Bekele Geleta, chefe da Federação Internacional da Cruz Vermelha e das Sociedades do Crescente Vermelho no Sudeste Asiático.

As doenças podem fazer tantas vítimas quanto a tsunami, alertou um especialista da OMS – Organização Mundial da Saúde. David Nabarro, da OMS, disse que, para evitar uma catástrofe de saúde comparável ao desastre natural, é preciso providenciar água e assistência médica o mais rapidamente possível aos países mais afetados. “Existe certamente a chance de termos tantos mortos por doenças quanto pela tsunami”, disse Nabarro.

Voluntários – A organização não-governamental internacional Médicos Sem Fronteiras está deslocando equipes de voluntários de vários países para as regiões atingidas pelo maremoto. O coordenador de saúde da ONG no Brasil, Mauro Nunes, disse que a preocupação dos Médicos Sem Fronteiras é evitar a proliferação de doenças como cólera, malária, tifo e hepatite, comum em situações como essa.

Nunes lembrou que a água salgada contaminou fontes de abastecimento e invadiu sistemas de esgotos das cidades atingidas pelas ondas gigantes e que isso é condição favorável ao surgimento de doenças. O coordenador informou que os voluntários brasileiros da organização estão preparados para atender as vítimas, caso haja necessidade de mais equipes nos países arrasados pelo maremoto. A ONG também está ajudando as populações com remédios e equipamentos. (Agência Brasil)