Dois representantes do GDN – Grupo de Defesa da Natureza estarão nesta segunda-feira (28) no Ministério da Justiça e no Congresso Nacional, em Brasília (DF), para reivindicar a ocupação permanente dos órgãos públicos na Reserva Biológica do Tinguá, em Nova Iguaçu (RJ). Apesar da intervenção de uma força-tarefa, prevista para esta semana, o grupo quer garantias contínuas que assegurem a vida dos ambientalistas e o fim dos crimes no Tinguá. Na noite de terça-feira (22), o ambientalista Dionísio Júlio Ribeiro foi morto a 200 metros da reserva.
“Não queremos que a força-tarefa seja mera pirotecnia midiática. É preciso uma estrutura permanente de fiscalização e preservação ambiental”, declara o ambientalista Sérgio Ricardo, do GDN.
O grupo defende nesta segunda-feira no Congresso a intervenção do Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária e do Instituto de Terra do Estado do Rio de Janeiro para tratar das invasões fundiárias. “Enquanto não houver levantamento e regularização fundiária em todo o entorno, as invasões dos especuladores imobiliários continuarão sendo a principal causa de devastação da reserva”, diz Sérgio Ricardo.
O reaparelhamento do Ibama- Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis e a instalação de uma unidade do Batalhão Florestal e do Grupamento de Socorro Florestal também são prioridades. Com 27 mil hectares, a reserva conta apenas com quatro fiscais do Ibama. Três deles respondem a processos administrativos. (Ana Paula Verly/JB Online)