Os R$ 55 milhões que o Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis aplicará no Plano de Combate ao Desmatamento estão mantidos e não serão afetados pelo corte no orçamento deste ano, anunciado pelo governo federal. A informação é do diretor de Proteção Ambiental, Flavio Montiel, responsável no Ibama por operações de fiscalização a ilícitos ambientais.
Montiel explica que o acerto com o Ministério do Meio Ambiente é não aplicar de forma linear o corte exigido pelo Planalto. “Cada programa e ação considerados prioritários serão atendidos integralmente. Por isso, em princípio, o Plano de Combate ao Desmatamento não sofrerá cortes.”
O diretor avisa ainda que os recursos não serão suficientes para atender o cronograma de operações traçado até o final do ano. “Agora, estamos entrando com todo gás, há previsão de o recurso se esgotar em setembro ou outubro”, prevê. Segundo ele, o Ibama necessitará de verbas suplementares para cumprir toda programação.
Para conter o desmatamento e queimada ilegal de floresta, Ibama programa presença permanente na Amazônia Legal, a partir deste ano. Até o final de 2005, estarão funcionando 19 Bases Operativas nas áreas de maior pressão de desmatamento ilegal e grilagem. As dez bases que serão instaladas prioritariamente no Pará ficarão em Tucumã, Altamira, Marabá, Itaituba, Novo Progresso; no Mato Grosso, em Juína, Alta Floresta, Aripuanã; no Amazonas, em Apuí; e Rondônia, em Ji-Paraná.
As bases irão, muitas vezes, funcionar no mesmo prédio de gerências e escritórios do Ibama. A diferença é que além da estrutura do órgão, as bases terão reforço também do Exército e da Polícia Federal para realizar operações de fiscalização. Em 2004, o Ibama gastou R$ 13 milhões na compra de caminhonetes, barcos, antenas parabólicas, aparelhos GPS, computadores, máquinas fotográficas, entre outros equipamentos que começam, agora, a serem distribuídos para as bases operativas. (Sandra Sato/ Ibama)