Seminário discute financiamento a programas de gestão sustentável para lixo sólido

O destino do lixo é um problema de quase todas as prefeituras brasileiras. A maioria não tem usinas de reciclagem ou aterros sanitários e despeja os resíduos produzidos pela população em lixões, causando prejuízos ao meio ambiente. O governo federal dispõe de linhas de financiamento para projetos de saneamento e de gestão integrada e sustentável para os resíduos sólidos e, para apresentá-los aos municípios, iniciou hoje, no Rio, uma série de 11 seminários.

O diretor da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Marcos Montenegro, que participa do seminário, destacou o programa que capacita os municípios para controlar a emissão de gases poluentes produzidos pelos aterros sanitários e lixões e, assim, poderem se habilitar a receber recursos de fundos internacionais. Segundo ele, 120 cidades brasileiras já se inscreveram no programa.

“Os aterros sanitários e os lixões são fontes de emissão de metano, que é um dos principais gases causadores do efeito estufa”, disse Montenegro. “Na medida em que este gás seja adequadamente manejado, seja pela queima em situação controlada, ou pela geração de energia, temos a oportunidade, inclusive, de nos credenciar para receber recursos do controle desses gases por parte desses fundos, conforme está estabelecido no Protocolo de Kyoto”, acrescentou Montenegro.

A subsecretária de Saneamento da Secretaria estadual de Meio Ambiente, Ângela Fonti, que também participa do encontro, disse que, desde 2001, o governo fluminense desenvolve o Programa Pró-lixo, com recursos oriundos dos royalties do petróleo recebidos da Petrobras e que, dos 92 municípios do Rio, quase a metade já participa do programa, que prevê o repasse de valores para o projeto, obra, equipamentos e educação ambiental para a destinação de resíduos sólidos. (Agência Brasil)