Resumo da Semana: 31 a 06 de Junho de 2020

Confira aqui as principais notícias e artigos que foram publicados durante a semana no Ambientebrasil.

“A Natureza está nos mandando uma mensagem clara”, diz ONU no dia do meio ambiente

Marcando o Dia Mundial do Meio Ambiente – 5 de junho – o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse que a Natureza está nos mandando uma “mensagem clara”.

Estamos afetando o meio ambiente, para nosso próprio prejuízo. A degradação dos habitats e a perda de biodiversidade estão acelerando. As perturbações climáticas estão piorando. Incêndios, inundações e grandes tempestades são mais frequentes e destruidoras. Os oceanos estão ficando mais quentes e ácidos, destruindo os ecossistemas dos corais. E, agora, um novo coronavírus está enfurecido, minando a saúde e meios de subsistência”, afirmou Guterres.

Para cuidar da humanidade, devemos cuidar da natureza. “Precisamos de toda a nossa comunidade global para mudar de rumo. Vamos repensar o que compramos e utilizamos. Adotar hábitos e modelos agrícolas e de negócios sustentáveis. Salvaguardar os espaços e a vida selvagem que ainda existem. E nos comprometer com um futuro verde e resiliente.”

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Com silêncio da pandemia, vida selvagem aparece mais no litoral paulista

Baleia-de-Bryde é avistada nas imediações de Ilhabela, na última semana de maio.

Golfinhos, aves e baleias são avistados com mais frequência no litoral norte de São Paulo desde que o número de turistas e barcos diminuiu devido à covid-19, o que tem indicado uma redução da poluição no local.

O biólogo Manuel Albaladejo segue trabalhando com o monitoramento das praias da região, duas vezes por semana. Quando percebe, de longe, o sinal desses mamíferos na água, Albaladejo se apressa para fotografar. O registro ajuda a compor um banco de dados sobre o comportamento dos animais, feito ao longo dos cinco anos no contexto dessa iniciativa, chamada de Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).

Nos últimos anos, os maiores impactos causado pelo ser humano observado na região provêm do lixo plástico e da pesca predatória ou incidental. “Isso causa a mortalidade de fauna, inclusive aquelas [espécies] ameaçadas de extinção”, diz o oceanógrafo Hugo Gallo Neto. Esse tipo de poluição e redes de pesca perdidas são uma armadilha: há diversos casos de baleias e golfinhos que morrem após ingestão em grande quantidade de plástico, alerta o Instituto Baleia Jubarte.

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Nas reentrâncias amazônicas, comunidades equilibram conservação e extrativismo

Aloizio do Rosário Blanco e o filho, Aloizio do Rosário Junior, pescam camarão-branco com rede de tarrafa em Pacamorema, na Resex Mãe Grande de Curuça, no Pará. A fim de preservar as populações da iguaria, um símbolo da culinária paraense, e garantir a produção a longo prazo, pescadores vêm utilizando redes com tamanhos de malha mais adequados – o mínimo sugerido é 10 milímetros. FOTO DE ENRICO MARONE.

O Nordeste paraense é a região de maior densidade demográfica de toda a Amazônia brasileira. Enquanto a média geral do território gira em torno de 5 habitantes/ km2, a área a leste de Belém abriga, pelo menos, quatro vezes mais pessoas.

Menos de 90% da vegetação nativa amazônica persiste nesse solo, graças à ocupação histórica de mais de três séculos, quando ali se estabeleceu o principal polo provedor da capital com produtos madeireiros, pesqueiros e agrícolas, desde o Ciclo da Borracha e da estrada de ferro Belém-Bragança. É uma área altamente antropizada, com centros urbanos dinâmicos e agropecuária consolidada. No entanto, um trecho de floresta na parte litorânea do estado ainda resiste ao avanço do desenvolvimento econômico, pastagens e monoculturas – por meio da conservação e extrativismo.

Conhecidas como reentrâncias amazônicas, quando preservadas, são consideradas a segunda melhor área de invernada para aves migratórias, que preferem a região para alimentação e reprodução pelo clima e pela densidade e variedade de espécies marinhas e costeiras disponíveis. Aí estão concentrações ainda não estimadas de caranguejos, moluscos, mariscos, mamíferos aquáticos e peixes de água doce e salgada importantes para o ecossistema, a cultura e a alimentação regional.

Cerca de 80 mil pessoas, ou 1% da população paraense, vivem em reservas extrativistas da Amazônia Atlântica – na fina e pouco conhecida camada que restou entre a área de desenvolvimento econômico e o mar. Em sua maioria, são agricultores familiares, extrativistas e, principalmente, pescadores e pescadoras artesanais – coletores de caranguejo e marisqueiras que realizam um trabalho altamente especializado para abastecer principalmente a população de Belém – mas também de outros estados e países – com pescado, frutos do mar e matérias-primas exclusivas.

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Confira medidas que podem ajudar a evitar incêndios florestais no período da seca

É considerado incêndio florestal todo fogo fora de controle em qualquer tipo de vegetação, seja em plantações, pastos ou áreas de mata nativa. Os incêndios podem causar grandes prejuízos à biodiversidade, ao ciclo hidrológico e ao ciclo do carbono na atmosfera. Além de destruir a vegetação nativa e matar muitos animais selvagens, um incêndio florestal também pode causar sérios prejuízos financeiros e, até mesmo, colocar em risco a vida de pessoas e de animais domésticos. 

No Brasil, 95% dos incêndios florestais são causados pela ação humana, seja de forma proposital ou acidental. Os incêndios florestais podem ter causas diversas, como a queima para plantio, queima para rebrota de pastagem, vandalismo, velas para rituais religiosos, fogueiras, balões e queima de lixo, entre outros.

E como prevenir sempre é a melhor opção, o Ibama destaca algumas medidas que podem evitar o início de focos de incêndios e a dispersão do fogo pela vegetação:

• Sempre capinar em volta e tirar o mato do local onde for fazer uma fogueira ou colocar velas;

• Ao abandonar uma fogueira, apagar com água ou terra;

• Manter fósforos e isqueiros fora do alcance das crianças;

• Fazer aceiros ao redor de casas, currais, celeiros, armazéns, galpões etc.;

• Manter os aceiros sempre bem roçados;

• Optar, sempre que possível, por estratégias alternativas ao uso do fogo, como roçada manual ou por máquinas e plantio direto;

• Se for fazer uma queimada controlada, fazer no fim da tarde ou de manhã cedo e com a autorização do Instituto Água e Terra – IAT (antigo IAP).

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Crise de extinção em massa “representa ameaça existencial à civilização”, dizem cientistas

Um novo estudo conduzido por Gerardo Ceballos, da Universidade Nacional do México (México), Paul Erhlich, da Universidade de Stanford (EUA) e Peter Raven, do Jardim Botânico de Missouri (EUA) concluiu que o impacto humano tem levado centenas de animais selvagens à beira da extinção e que os ecossistemas regionais estão atualmente enfrentando um colapso.

A pesquisa observa que atividades como extração madeireira e caça furtiva diminuíram enormemente as populações de mais de 500 mamíferos, pássaros, répteis e anfíbios em todos os continentes do globo, exceto a Antártica.

Essas espécies estão desaparecendo a uma taxa mais de 100 vezes maior do que a natural – e essa é mais uma evidência que sugere que o mundo está passando por sua sexta extinção em massa, desta vez não por causa de erupções vulcânicas massivas ou colisões de asteroides, mas sim por nossa própria culpa.

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Ferramenta on-line permite pesquisa sobre resíduos sólidos não urbanos no Brasil

O Ibama lançou uma ferramenta on-line que permite consultar dados sobre a geração de resíduos sólidos não urbanos em todo o território nacional. Produzido com base em informações de mais de 60 mil empresas, obtidas desde 2012 e disponíveis no Relatório de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais (RAPP).

A ferramenta permite a busca de informações por unidade geográfica, atividade produtiva, tipo de resíduo gerado e pelo CNPJ das empresas declarantes. Também é possível personalizar consultas e gerar gráficos, mapas e tabelas que permitem visualizar o panorama da geração de resíduos sólidos não urbanos das empresas inscritas no Cadastro Técnico Federal (CTF/APP).

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