Os ministros de Finanças do G-8 disseram neste sábado (11), em Londres, que estão preocupados com os elevados preços do petróleo e com a volatilidade do mercado. Em comunicado, o G-8 defende uma maior transparência e previsibilidade do setor.
Além disso, há uma chamada para que as “instituições internacionais relevantes” desenvolvam uma maneira de informar sobre as reservas de petróleo. Segundo o G-8 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia), essas reservas são essenciais para que os mercados tomem decisões fundamentadas.
O G-8 também pede aos países produtores e às companhias que “reconheçam o interesse comum” em continuar investindo no fornecimento e na capacidade de refinamento do petróleo. “Destacamos a importância da eficiência, da tecnologia e da inovação como forma de garantir a segurança energética”, afirma o comunicado emitido pelo grupo no final de uma reunião que durou um dia e meio em Londres e que serve de preparativo para a cúpula que será realizada na Escócia em julho.
O G-8 pede ao Banco Mundial e a outros bancos de desenvolvimento multilaterais que intensifiquem o diálogo sobre o assunto energético e apresentem propostas para impulsionar os investimentos em infra-estruturas que permitam reduzir as emissões de carbono.
O grupo defende que as instituições financeiras internacionais devem ajudar os países em desenvolvimento consumidores de petróleo a enfrentar o impacto negativo do aumento de preço.
No comunicado, o G8 expressa diz que acredita que a economia continuará crescendo este ano, mesmo que mais moderadamente, mas chama a atenção para os desafios que ainda existem. Entre eles, inclui a má distribuição “dos benefícios da globalização”.
As prioridades para a realização desses objetivos são, segundo o grupo, a consolidação fiscal nos EUA, o aprofundamento das reformas estruturais na Europa e na Rússia.
Também é “crucial para o crescimento da economia global” um “resultado ambicioso na reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio em Hong Kong”, em dezembro, que, segundo o G8, deve incluir a liberalização dos serviços financeiros. (Estadão online)