O ex-gerente do Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no Mato Grosso Hugo Werle, preso pela Polícia Federal na Operação Curupira, garantiu nesta terça-feira (21) aos parlamentares da CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito da Biopirataria que não participou de esquemas de corrupção.
Werle negou as acusações de enriquecimento ilícito e explicou que seu patrimônio é compatível com a renda de R$ 3 mil do salário do Ibama; R$ 4,8 mil de uma gratificação federal; R$ 4 mil que recebe como professor da Universidade Federal do Mato Grosso; e mais outras rendas provenientes de aluguéis.
O ex-gerente, que chegou algemado e escoltado pela Polícia Federal, admitiu ter doado R$ 5 mil para a última campanha eleitoral do PT. Ele, porém, garantiu que a operação foi declarada à Receita Federal e atribuiu sua prisão à “postura crítica” que teria assumido em relação às políticas de desmatamento.
Em seu depoimento, Werle, que assumiu a gerência do Ibama em abril de 2003, classificou como “inepta” a atual administração do instituto. Ele disse que o conselho gestor do órgão reúne-se até seis vezes por semana, mas não consegue tomar nenhuma decisão. Hugo Werle teve a prisão preventiva decretada em inquérito aberto pela Polícia Federal por formação de quadrilha e corrupção passiva. (Agência Câmara)