O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida parece ter aumentado no inverno desde 2004, mas ainda é menor do que o registrado em 2003, quando atingiu seu auge, disse a Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês) nesta terça-feira (23).
O maior especialista em ozônio da agência da ONU – Organização das Nações Unidas acrescentou que a diminuição da camada protetora, que filtra os raios ultravioletas nocivos que podem provocar câncer de pele, pode se acentuar no futuro próximo antes que o problema diminua.
Grandes reduções na camada de ozônio, que fica entre 15 a 30 Km acima da Terra, ocorrem a cada inverno sobre as regiões polares, principalmente na Antártida, quando as baixas temperaturas permitem a formação de nuvens estratosféricas que auxiliam as reações químicas a destruir o ozônio.
A WMO disse que dados meteorológicos mostraram que o inverno passado estava mais quente do que em 2003, mas mais frio do que em 2004. “Nesse estágio parece que o buraco de ozônio deste ano ficará na média, ou talvez um pouco acima da média”, disse Geir Braathen, especialista em ozônio da WMO, em uma entrevista coletiva.
Cientistas disseram que o buraco se estendeu por 29 milhões de quilômetros quadrados, um recorde, em setembro de 2003. A WMO disse na terça-feira que a área onde as temperaturas são baixas o suficiente para formar nuvens – uma indicação do potencial tamanho do buraco – agora cobre cerca de 25 milhões de quilômetros quadrados.
Substância químicas industriais contendo clorina e bromina são responsabilizados pela redução na camada, porque afetam as moléculas de ozônio, fazendo com que elas se quebrem. Muitos desses componentes químicos já foram proibidos.
A WMO, sediada em Genebra, tem 181 países-membros. A organização baseia sua análise em dados coletados por satélites, observações em solo e balões lançados na atmosfera. (Reuters/ Terra.com)