O ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, José Fritsch, visita até este sábado (1), em Foz do Iguaçu, a Itaipu Binacional e a região lindeira ao reservatório da usina. O ministro vistoria as ações desenvolvidas pela hidrelétrica de Itaipu nas áreas de pesca da região e acompanha o lançamento de novos projetos desenvolvidos pela hidrelétrica graças a um convênio assinado em 2004 com o Governo Federal no valor de R$ 718.690, sendo R$ 541.000 a cargo da Seap e R$ 177.690, da Itaipu.
De acordo com a assessoria de imprensa de Itaipu, os recursos estão sendo aplicados no incremento à piscicultura em tanques-rede, demarcação das regiões de pesca e criação de peixes no lago e pesquisa em criação de peixes em tanques-terra (açudes).
Segundo o coordenador do projeto “Mais Peixes em Nossas Águas”, Pedro Tonelli, durante a prestação de contas do andamento das ações conveniadas, deve ser mostrado ao ministro que, de um total de 18 parques identificados só na margem brasileira do lago, três já foram demarcados e outros três (Salamanca e Xororó, em Guaíra, e Alto da Boa Vista, em Foz do Iguaçu) estão com os estudos em fase de conclusão, devendo ser consolidados ainda neste ano.
O ministro deve encontrar-se com pescadores da região e assinar uma Carta de Intenções para a criação de Banco de Germoplasma, local de armazenagem de sêmen de peixes, especialmente nativos do rio Paraná, assim como se faz com sêmen de boi, porco, etc., para utilização posterior em inseminação artificial. O objetivo é a proteção da biodiversidade, o povoamento do lago e a eliminação de ameaças de extinção de espécies.
O ministro faz também a entrega de 200 unidades de tanques-rede para 100 pescadores, (duas para cada um). Outros dez tanques serão doados por Itaipu à comunidade indígena do Ocoí, de São Miguel do Iguaçu. Também devem ser entregues aos índios peixes adultos prontos para consumo, originários da parcela de 5% que os pescadores beneficiados pelo programa Mais Peixes em Nossas Águas destinam ao programa Fome Zero e ao povoamento do lago.
“É uma contrapartida dos pescadores, que recebem da Itaipu e da Seap os tanques e os peixes juvenis para engorda, produzidos em viveiros do Ibama e do IAP – Instituto Ambiental do Paraná”, explica. Na comunidade indígena, os tanques serão instalados num braço do reservatório que margeia a aldeia. Os índios foram treinados para utilizar, de forma eficiente, esse sistema. (Lúcia Nórcio/ Agência Brasil)