As altas temperaturas que acompanham a rotina dos belo-horizontinos neste período do ano levam a Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte (MG) a adotar cuidados especiais com os animais do Jardim Zoológico. Para manter o conforto, mamíferos e aves procuram água, enquanto os répteis se movimentam devido ao metabolismo. Para Evandro Xavier, presidente da Zoo-Botânica, “são necessárias algumas medidas, ainda que simples, para que o bem-estar animal se reflita em qualidade e saúde para os 1.100 animais do plantel”.
Nos recintos das aves, são adaptados aspersores para refrescar os animais. Segundo Carlyle Mendes, diretor do Jardim Zoológico, “esses ‘chuveirinhos’ servem para que as aves se banhem, espantando, assim, o calor”.
Os mamíferos aproveitam as piscinas dos recintos e passam boa parte do dia dentro d’água. Os tigres, elefantes, antas e hipopótamos são alguns deles. Para os herbívoros, há uma redução na quantidade de ração, uma vez que o capim, no verão, se torna mais verde e nutritivo. A redução pode chegar até 50% na quantidade de complementos. As lhamas, animais de regiões frias e montanhosas, passam por tosa para retirar o excesso de pêlo, específico para manter o calor do corpo.
Já os répteis preferem os dias de mais calor. De acordo com Humberto Mello, chefe da Seção de Répteis, esses animais ficam mais agitados, o que altera também a alimentação. “No inverno eles se movimentam muito pouco para armazenar energia, já no verão a aceleração do metabolismo do corpo pede alimento em maior quantidade”, afirma. Os jacarés, que ficam sem comer até dois meses durante o inverno, recebem o alimento quinzenalmente nesse período do ano. Especificamente neste mês, devido à falta de chuva, são instalados aspersores nos recintos para aumentar a humidade. (Assessoria de Comunicação e Marketing – FZB-BH)