Fiscais do Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis de todo o Brasil estão reunidos em Fortaleza (CE) para traçar um plano nacional de fiscalização contra a pesca predatória da lagosta. O objetivo do plano é recompor os estoques. Enquanto na década de 90 o Ceará exportava anualmente 2.500 toneladas de cauda do crustáceo, em 2005 foram 1.100 toneladas, representando uma queda de mais de 60%.
A pesca predatória é um dos principais desafios do Ibama hoje. Durante a abertura do II Seminário Internacional sobre a Pesca Responsável realizado também em Fortaleza, na semana passada, o ministro da Pesca, José Fritsch, disse que estudos feitos no Ceará e em outros Estados brasileiros estão identificando o tipo de pesca específica em cada lugar, bem como o máximo de barcos que aquele local suporta para que assim haja uma reposição da lagosta.
O Ibama pretende também modernizar seus equipamentos de fiscalização, adquirindo barcos mais velozes e instalando rastreadores via satélite nos barcos pesqueiros. Tudo para combater atividades ilegais como a captura do crustáceo com uso de compressor ou com caçoeira.
O primeiro tipo consiste na pesca feita por mergulhadores que usam uma mangueira ligada a bujão de gás. Já a caçoeira é uma rede artesanal de malhas pequenas. Além de pegar a lagosta ainda na fase miúda, esse último tipo de pesca arrasta outras espécies, como as tartarugas marinhas. O Ibama também está preocupado com a reposição de outras espécies, como o caranguejo. (Carmen Pompeu/ Estadão Online)