Um terremoto de 8 graus de magnitude na escala Richter atingiu o fundo do oceano perto da ilha de Tonga, no sul do Pacifico, gerando alertas para um possível tsunami.
Mas, horas após o tremor, nenhuma onda gigante havia atingido Tonga, e as autoridades na Nova Zelândia, depois de emitir um alerta, afirmam que não havia mais perigo de que um tsunami atingisse a costa leste do país.
O sargento James Tasmânia, da polícia de Gisborne, disse que agentes da Defesa Civil foram colocados em “alto nível de alerta”, mas acrescentou que “nenhuma das bóias que monitoram o oceano reportaram algo significativo”.
Mais de cinco horas depois do tremor, os observatórios na zona não detectaram atividade neste sentido, por isso consideram que é bastante improvável que haja um fenômeno desta natureza.
O último boletim do Serviço Geológico dos EUA situa a magnitude do terremoto em 7,8 graus na escala Richter, e afirma que “o alerta de tsunami foi cancelado”, apesar de indicar que “em algumas áreas pode haver pequenas mudanças no nível do mar”.
Na capital de Tonga, a cidade costeira de Nuku´alofa, não houve sinais de um tsunami ou de grandes danos causados pelo terremoto.
Um repórter que percorreu a cidade afirmou não ter visto prédios destruídos, mas disse que algumas estantes de livros dentro dos apartamentos haviam sido derrubadas. A energia elétrica da cidade foi restaurada duas horas depois do tremor.
“O terremoto causou um pequeno tsunami que pode ter sido destrutivo em algumas costas perto do epicentro do tremor” informou o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico no Havaí, em um comunicado.
O arquipélago de Tonga, com 170 ilhas, entre a Austrália e o Taiti, tem uma população de 108 mil pessoas e sua economia depende da exportação de abóboras, baunilha, da pesca e de ajuda internacional. Tonga é governada pelo rei Taufa´ahau Tupou IV, de 87 anos.
Tragédia – No dia 26 de dezembro de 2004, o terremoto mais intenso em quatro décadas, de 9 graus na escala Richter, abalou o fundo do oceano Índico, atingindo quatro ilhas da Indonésia e podendo ser sentido a muitos quilômetros de seu epicentro. Os danos causados pela onda gigante deixaram pelo menos 216 mil pessoas mortas ou desaparecidas. (AP/ Estadão Online)