A nova versão do Plano Amazônia Sustentável passará por uma consulta pública durante todo o mês de junho nos estados da região amazônica. Nesta sexta-feira (26), abrindo a série de audiências, os ministérios do Meio Ambiente e da Integração Nacional apresentaram o documento aos representantes de movimentos sociais, do setor produtivo e de nove estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão).
Em estudo desde 2003, o Plano Amazônia Sustentável prevê políticas e ações de inclusão social, geração de renda, infra-estrutura e inovação tecnológica. A secretária de Coordenação da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente, Muriel Saragoussi, defende que o documento seja construído em parceria entre o governo federal, os estados, os municípios e a sociedade.
“Essa é a única chance do plano ser implantado”, afirma a secretária. “Não existem planos que vêm de cima para baixo. Se não há um acordo de sociedade em torno do que fazer numa região, o que um setor faz o outro desfaz. A gente precisa dessa união e desse olhar de conjunto.”
A mobilização é um dos eixos principais da estratégia de implantação Plano Amazônia Sustentável, que deverá ser posto em prática de forma descentralizada. “A idéia é ter um pacto de sociedade, em que governo federal, governos estaduais e municipais, setor privado e a sociedade civil tenham acordo nas prioridades”, explica Muriel Saragoussi.
Mesmo com a existência de interesses tão divergentes como o de populações tradicionais e o de grandes empresários, a secretária acredita na possibilidade de consenso sobre o tema: “O que a gente viu no plano de desenvolvimento sustentável da BR-163 foi 90% de consenso. Os 10% têm que ser mediados e é uma decisão política do que fazer nesse momento.”
Mais informações sobre o Plano Amazônia Sustentável na página eletrônica do Ministério da Integração Nacional (www.integracao.gov.br). (Cecília Jorge/ Agência Brasil)