Uma reunião da ONU – Organização das Nações Unidas para revisar o Acordo sobre Conservação e Gestão das Reservas Pesqueiras encerrou-se nesta sexta-feira (26), fazendo recomendações para o combate à pesca ilegal, além de outras medidas para fortalecer o tratado. O presidente da conferência, o americano David Balton, disse, em entrevista coletiva, que a maior parte das recomendações que integram a declaração final tem como objetivo combater a pesca ilegal.
Entre essas recomendações, Balton destacou o estabelecimento de um sistema de controle por satélite, a possibilidade de que observadores independentes acompanhem as atividades de pesca e Amis controle nos portos para identificar a pesca ilegal. “São os representantes da indústria pesqueira os mais interessados em erradicar a pesca ilegal”, declarou.
Balton acrescentou que o tratado, em vigor há quatro anos, ainda é “muito jovem”, e que por isso a conferência não foi capaz de chegar a acordos sobre emendas ao texto.
O Acordo de Conservação e Gestão de peixes transnacionais e espécie altamente migratórias não tem caráter obrigatório, mas o texto contém medidas que deveriam ser adotadas por países e pescadores para evitar a destruição das reservas pesqueiras do mundo.
Até o momento o acordo foi ratificado por 57 países da ONU, e 14 outros expressaram a intenção de assiná-lo, incluindo importantes nações pesqueiras, como Japão e Filipinas. (Efe/ Estadão Online)