EUA aceitam discutir mudança climática com a UE

Os Estados Unidos aceitaram pela primeira vez, nesta quarta-feira (21), abrir um diálogo de alto nível com a UE – União Européia sobre mudança climática, dentro de um marco mais amplo sobre energias limpas e desenvolvimento sustentável que começará a funcionar a partir do segundo semestre, em Helsinque.

Na coletiva de imprensa, o chanceler austríaco, Wolfgang Schüssel, e o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, mencionaram a mudança climática como um dos assuntos tratados na cúpula entre a UE e os EUA. No entanto, o presidente americano, George W. Bush, não falou sobre o assunto.

A declaração final da cúpula indica “que se trabalhará de forma mais estreita para responder ao desafio a longo prazo da mudança climática, a perda de biodiversidade, e a poluição no ar”.

Além disso, há o acordo para “estabelecer um diálogo de alto nível sobre mudança climática, energias limpas e desenvolvimento sustentável”, que começará a funcionar a partir do segundo semestre de 2006, em Helsinque, sob a presidência finlandesa da UE.

Entre os principais assuntos desse diálogo estão “diferentes mecanismos para promover reduções das emissões de gases de efeito estufa e que tenham uma boa relação entre custo e benefício”.

As menções à mudança climática não estão em uma parte específica, mas integradas no capítulo que fala do diálogo energético entre as duas margens do Atlântico. Também se destaca o uso da tecnologia para melhorar a eficiência energética.

Bush não falou sobre energias limpas, mas fez uma menção indireta, ao afirmar que seu país pretende diminuir sua dependência do petróleo e que um dos caminhos seria diversificar e apostar em “novas tecnologias”, mais eficientes.

Nessa linha, a declaração final destaca também “acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias de baixa poluição e baixo uso de carvão”.

O documento destaca os investimentos em fontes renováveis e em outras mais limpas e eficientes que o uso de combustíveis fósseis, para limitar “a poluição prejudicial para a saúde humana”, e reduzir “as emissões de gases do efeito estufa associadas aos sérios desafios a longo prazo da mudança climática global”. (Efe/ Estadão Online)