Conferência em Bogotá analisa ameaças à região amazônica

Os ministros da Defesa e delegados dos países da OTCA – Organização do Tratado de Cooperação Amazônica deram início nesta quinta-feira (13) em Bogotá à primeira reunião do órgão para analisar medidas de proteção para a região, considerada estratégica.

Nesta sexta-feira (14), haverá outra reunião, que contará também com ministros da Defesa da Comunidade Sul-Americana de Nações, integrada por 12 países, incluindo os da OTCA, organização criada em 1978.

Participam da conferência os ministros da Defesa da maioria dos países da OTCA, entre eles o do Brasil, Waldir Pires, da Bolívia, Walter Sanmiguel, do Equador, Oswaldo Jarrín, do Peru, Marciano Rengifo, e da Colômbia, Camilo Ospina. Também estão presentes representantes do Suriname. Já as delegações da Venezuela e da Guiana não participam do evento.

O ministro anfitrião disse na abertura da reunião que “a riqueza e as características únicas desta região vital para o planeta a tornam alvo de novas ameaças que não apenas afetam o equilíbrio e o desenvolvimento ambiental e social da região, como comprometem também a segurança de nossos próprios Estados”.

Entre as ameaças, comentou “a decisão por parte das organizações criminosas internacionais de usar a Amazônia como local de operações e de passagem para o tráfico de drogas, o contrabando de armas, munição e explosivos, o comércio ilícito de espécies em risco de extinção e outras formas de devastação”.

“É necessário pensar em uma visão de segurança integral para esta região sensível”, acrescentou Ospina, afirmando ainda que “no século atual o crime organizado constitui um grande desafio para a comunidade internacional em geral e para a região amazônica em particular”.

A ex-presidente do Equador Rosalía Arteaga, secretária-executiva da OTCA, avaliou que “as Forças Armadas devem atuar com caráter suplementar” para cooperar com os esforços dos oito países amazônicos. Ressaltou ainda que a região amazônica “é o coração geográfico do continente, ponto de encontro de oito países e que representa mais de 40% do território da América do Sul”. (Efe/ Folha Online)