Seminário divulgará resultados da Avaliação Ambiental Integrada da Bacia do Rio Uruguai

Será realizado em três de agosto (03/07),em Porto Alegre, um seminário para divulgar o estudo de avaliação da Bacia do Rio Uruguai, realizado pelo Ministério de Minas e Energia. Os resultados serão apresentados também em Florianópolis, no dia quatro, e em várias cidades de abrangência da bacia no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.O anúncio foi feito nesta quarta-feira (19/07) pelo diretor de Licenciamento e Qualidade Ambiental do IBAMA, Luiz Felippe Kunz Júnior, durante audiência pública com integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), em Vacaria (237 quilômetros distante de Porto Alegre). Os estudos técnicos, feitos por solicitação do Ministério do Meio Ambiente,avaliaram o conjunto da bacia do rio Uruguai e os aspectos que devem ser considerados para viabilizar ou negar futuros licenciamentos hidrelétricos na região.De acordo com Luiz Felippe Kunz, a avaliação ambiental e a realização de reuniões na região de interesse, são fundamentais para discutir o futuro da Bacia e a retornada ou não do processo de licenciamento da Usina Hidrelétrica de Paiquerê (na bacia do rio Pelotas),suspenso para realização da Avaliação Ambiental Integrada.

Reivindicações

Durante toda tarde de quarta-feira, representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), fizeram relatos sobre o não cumprimento das condicionantes sócio-ambientais do licenciamento das Usinas Hidrelétricas de Barra Grande e Machadinho.Participaram também, os atingidos pelos empreendimentos em Itá,Campos Novos e Foz de Chapecó. Os prefeitos das cidades atingidas pelas obras estiveram presentes e colaboraram com os relatos que apontam o descumprimento de alguns condicionantes e prejuízos para a região.De acordo com o coordenador nacional do MAB, Marco Antonio Trierveiler, cerca de 700 pessoas participaram do evento e, no turno da manhã, definiram suas principais reivindicações, apresentadas ao IBAMA.Entre as dificuldades relatadas estão a má qualidade das casas feitas para os reassentados, escassez no fornecimento de água, de implementos agrícolas e de assistência técnica, entre outros. Eles reivindicam também a permanência de um escritório da empresa na região para servir de interlocutor aos encaminhamento das demandas locais.

Segundo Luiz Felippe Kunz o IBAMA tem procurado discutir todas as questões levantadas pelo MAB, buscando o cumprimento e a melhoria das condicionantes sócio-ambientais do licenciamento de Barra Grande.Toda a documentação foi reunida e será enviada para o IBAMA, em Brasília. Após a análise, será contatado o empreendedor, no caso a Energética Barra Grande(BAESA), para se manifestar sobre as considerações feitas no encontro. Estiveram presentes no encontro o superintendente estadual do IBAMA, Fernando da Costa Marques; o coordenador-geral de Infra-estrutura de Energia Elétrica do IBAMA, Valter Muchagata, a assessora técnica da DILIQ, Paula Márcia Salvador de Melo, o analista ambiental, Leonardo Póvoa, e o chefe do Núcleo de Licenciamento Ambiental do IBAMA/RS, Heitor Peretti.

(Fonte: Ascom Ibama)