Centro na Bacia do Prata deve difundir conhecimento ambiental, defende coordenadora do MEC

O Ministério da Educação, em parceria com núcleos estaduais de educação e outras instituições, investiu R$ 18 milhões na formação de 86 mil educadores ambientais nos últimos dois anos e meio, informa Rachel Trajber, coordenadora de educação ambiental do MEC. Mas o grande desafio neste setor eduacional, segundo ela, é estabelecê-lo como política pública, inserida nas diretrizes curriculares de todas as escolas.

Uma das formas de consolidar isso é implantar o Centro de Saberes Ambientais da Bacia do Prata, cujos contornos estão sendo definidos no I Encontro de Especialistas em Educação Ambiental, que termina nesta quinta-feira (31), em Foz do Iguaçu (PR). O centro será baseado no Parque Tecnológico de Itaipu.

“Atingimos muita gente. Mas as pessoas precisam de mais tempo para decantar as informações, para que isso se reflita em mudanças de atitude no cotidiano”, defende a coordenadora, que participa do evento.

Segundo ela, o centro terá como objetivo aglutinar saberes regionais sobre o meio ambiente na Bacia do Prata. “Apesar de ser um centro regional, nada impede que as informações sejam universalizadas. Esse é, por sinal, o objetivo do MEC. É importante chegar às escolas, para democratizar o conhecimento ambiental”.

O encontro dá continuidade ao fórum internacional Diálogos da Bacia do Prata, realizado em novembro de 2005, e reúne representantes do Brasil, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina. O diretor de coordenação de Itaipu, Nelton Friedrich, lembra a importância da temática do evento diante da degradação dos ecossistemas, destruição da camada de ozônio, extinção de espécies e aquecimento global.

Além da criação do centro, os participantes do evento esperam finalizar um documento que servirá de base para um programa de educação ambiental em toda a região da Bacia do Prata. (Lúcia Nórcio/ Agência Brasil)