Segundo a administração do parque, a queimada começou por volta das 6h do dia 12, quando vários focos de incêndio foram localizados dentro do parque.
“Não conseguimos controlar o fogo porque os focos foram criados simultaneamente”, disse Joaquim Maia Neto, chefe do parque.
Nesta quinta-feira (14), os focos se juntaram formando uma grande queimada nas regiões norte e sul do parque de 200 mil hectares, sendo 71.525 regularizados. Segundo Neto, as causas são desconhecidas, mas o incêndio deve ser criminoso.
“Provavelmente, os fazendeiros que estão dentro da área do parque que ainda não foi completamente regularizada colocaram o fogo”, disse.
Para ele, os produtores – a maioria de gado leiteiro – não concordam com o termo de compromisso elaborado pela administração do parque.
“Em acordos anteriores, permitimos que eles praticassem a queimada regularizada, entre outras concessões. Mas, não podemos permitir que eles transformem mata nativa em pastagem, ou que apliquem agrotóxicos de forte intensidade”, disse Neto.
Três aviões e um helicóptero auxiliam 65 homens que combatem o incêndio com abafadores e bombas de água. Outro helicóptero deve chegar hoje ao parque.
Segundo o Cptec – Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, do Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, somente há previsão de chuva para a região da serra da Canastra no domingo (17).
Além do parque em Minas Gerais, mais três Unidades de Conservação Federais estão sob o alerta vermelho do Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o alerta é registrado quando brigadistas confirmam que há incêndio e não apenas focos de calor nos parques.
Queimadas foram localizadas na Floresta Nacional de Carajás, Parque Nacional do Jamanxim, ambos no Pará, e no Parque Nacional do Juruena, em Mato Grosso. (Cíntia Acayaba/ Folha Online)