A liberação do comércio de até 60 toneladas de marfim poderá ser aprovada numa reunião patrocinada pela ONU e prevista para a próxima semana em Genebra. Atualmente, todo o comércio de marfim é proibido internacionalmente. O Programa Ambiental das Nações Unidas informa que os países signatários da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas vão se reunir de 2 a 4 de outubro, e que a liberação da venda de uma quantidade limitada de marfim estará na agenda da discussão.
Uma decisão final sobre o comércio limitado – que, teoricamente, já foi aceito em 2002 – dependerá dos dados sobre caça ilegal e recuperação da população.
O marfim é retirado de elefantes de manadas do sul da África, onde as presas são retiradas de animais que morreram de causas naturais ou foram abatidos por razões de emergência.
Se a liberação for adotada, Botswana poderá exportar 20 toneladas de marfim; Namíbia, 10 toneladas; África do Sul, 30. Japão e China gostariam de comprar o material, de acordo com as Nações Unidas.
No início do mês, guardas florestais no Chade descobriram carcaças de 10 elefantes mortos ilegalmente na área. Ambientalistas temem que a liberação do comércio funcione como um incentivo para a matança ilegal dos animais. Defensores do comércio acreditam que a atividade pode levar ao manejo economicamente viável das manadas. (AP/ Estadão Online)