A Comissão Europeia destacou nesta quinta-feira (8) que a redução das emissões de carbono feita pela aviação tem que ocorrer em todo o mundo, para não prejudicar o mercado comercial – que já teme queda nas vendas devido a restrições que ocorrem na Europa.
A companhia Airbus já havia expressado preocupação com o seu relacionamento comercial com a China, um dos países que desaprova a medida da União Europeia, que entrou em vigor em janeiro e obriga o pagamento de cada tonelada de CO2 emitido nos voos.
O conselheiro da Sociedade Europeia Aeroespacial e de Defesa (Eads, grupo que controla a Airbus), Louis Gallois, afirmou que tal fato pode ter repercussão industrial.
Entretanto, o porta-voz da UE para o clima, Isaac Valero, disse que a redução das emissões beneficia todo o mundo, mas não comentou o impacto no comércio. “Não há interesse em ter uma guerra comercial, mas temos o interesse em reduzir as emissões provocadas na aviação”, disse.
Impacto comercial – Se a China decide diminuir as encomendas ao consórcio europeu que fabrica os modelos Airbus, seria uma forma de represália contra a União Europeia, somada à decisão tomada por Pequim há um mês de proibir as empresas aérea do país de pagar a taxa.
Bruxelas, sede da EU, insiste em negar que a taxa seja ilegal dentro do marco de direito internacional, posição que foi confirmada em dezembro passado no Tribunal de Justiça. (Fonte: Globo Natureza)