Políticos de diversas partes do mundo chegaram a um novo acordo para amenizar as mudanças no clima do planeta, segundo informou nesta sexta-feira (16), a rede de TV inglesa BBC. Em encontro realizado em Washington, nos Estados Unidos, parlamentares e funcionários de vários países concordaram que as nações em desenvolvimento têm de reduzir emissões de carbono, assim como os países ricos.
O encontro informal do G8+5, Fórum de Legisladores sobre Mudança Climática, também sugeriu a criação de um mercado global de comércio de créditos de carbono.
O grupo foi criado para incentivar discussões entre políticos, executivos e líderes de nações industrializadas sobre alternativas para o meio-ambiente.
Um relatório do evento afirmou que “o aquecimento é uma tarefa global e é obrigação de todos fazer alguma coisa, dentro da capacidade e responsabilidade histórica de cada um”.
A declaração não carrega nenhum peso formal mas é considerada como uma indicação de mudanças reais na visão das grandes potências sobre o assunto.
O encontro é parte do Grupo dos Oito mais Cinco (G8+5) sobre Mudança Climática, integrado por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, Reino Unido e EUA, mais os líderes de cinco países emergentes: Brasil, China, Índia, México e África do Sul.
Participam do colóquio internacional cerca de 80 legisladores e 100 funcionários governamentais e empresários das 20 nações com maior consumo de energia do mundo. Estavam presentes o ministro inglês Stephen Byers, o senador americano Joe Lieberman e o candidato á Presidência dos EUA John McCain. Compareceram também o executivo britânico Sir Richard Branson, a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, e o presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz.
Estados Unidos – Para o comissário europeu de Meio Ambiente, Stavros Dimas, é fundamental um acordo internacional para enfrentar o aquecimento global. Para isso é necessário que os EUA, “o maior poluidor” do planeta, faça a sua parte.
Washington se nega a ratificar o Protocolo de Kyoto para a redução de gases do efeito estufa e tem feito poucos esforços na luta contra o atual processo de aquecimento global.
Nos Estados Unidos, vários senadores americanos indicam uma “crescente pressão” para Washington aceitar reduções obrigatórias dos gases do efeito estufa, os principais responsáveis pelo aquecimento global. Entretanto, o presidente George W. Bush se opõe à medida. (Estadão Online)