Resumo da Semana: 01 a 07 de Março de 2020

Confira aqui as principais notícias e artigos que foram publicados durante a semana no Ambientebrasil.

Desequilíbrio dos oceanos é, ao mesmo tempo, causa e efeito da crise climática

Baleia cachalote nada em meio ao Mar de Sargaços próximo à ilha Dominica, no Mar do Caribe. Além de armazenar carbono, as baleias também agem como importantes fertilizadoras do ecossistema marinho – apenas uma baleia-azul pode defecar 3 ton por dia. FOTO DE BRIAN J. SKERRY/NATIONAL GEOGRAPHIC CREATIVE.

O oceano é base de economias e meios de subsistência locais, nacionais e globais. Hoje, cerca de 28% da população mundial vive em regiões costeiras. São mais de dois bilhões de pessoas que dependem direta ou indiretamente dos ecossistemas marinhos, que fornecem aproximadamente 170 milhões de toneladas de frutos do mar por ano, cerca de 15% de toda a proteína consumida pelos seres humanos, de acordo com o Relatório Especial sobre o Oceano e a Criosfera em um Clima sob Mudança (SROCC, na sigla em inglês).

Mas além de fonte de alimento, energia, lazer e até matéria-prima de compostos medicinais, os oceanos exercem papel fundamental na regulação do clima global, absorvendo CO2 e calor da atmosfera e evitando um aquecimento ainda maior. Através da circulação oceânica, o calor é distribuído dos trópicos para os polos e o fundo do mar, determinando os padrões de chuvas e as temperaturas da superfície, que, por sua vez, influenciam climas regionais. 

Neste artigo, foram descritas algumas funções essenciais realizadas naturalmente pelos animais marinhos, como as baleias e golfinhos – “os jardineiros” – que cuidam da manutenção e estruturação dos oceanos. Assim como, pela vegetação marinha e os fitoplânctons que atuam como a principal floresta azul do mundo – que segundo estimativas, são responsáveis pela metade de todo o oxigênio disponível na Terra.

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Imagens de satélite mostram redução drástica da poluição na China

Mapas comparam os níveis de dióxido de nitrogênio na China no início do ano (à esq.) e em fevereiro.

Imagens de satélite disponibilizadas pela Nasa mostraram um declínio dramático nos níveis de poluição na China. Segundo informou a agência espacial americana neste domingo (01/03), isso se deve “pelo menos em partes” à desaceleração econômica causada pelo surto de coronavírus.

A agência observou que o declínio coincidiu com as restrições de transporte e negócios e com o momento em que milhões de pessoas foram colocadas em quarentena no país asiático. As imagens acima mostram a concentração de NO2 sobre a China entre 1º e 20 de janeiro, antes da quarentena, e entre 10 e 25 de fevereiro, durante a quarentena.

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Metrôs de SP e Rio emitem até 50 vezes menos CO2 em relação a carros

Poluição atmosférica na cidade de São Paulo (Foto: Marcos Santos / USP Imagens).

Cientistas brasileiros apontam em artigo publicado no final de novembro de 2019 na Revista Engenharia Sanitária e Ambiental que os metrôs de São Paulo e Rio de Janeiro emitem uma quantidade até 50 vezes menor de dióxido de carbono (CO₂) em relação a automóveis – e até 6,4 vezes menor em comparação com ônibus.

Os cálculos foram feitos por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que consideraram a emissão total de dióxido de carbono necessária para operação do sistema, ou seja, todo o consumo de eletricidade para o funcionamento das estações, instalações operacionais e geração de tração dos trens.

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A Terra ganhou uma lua nova do tamanho de um carro

No dia 19 de fevereiro, astrônomos do Catalina Sky Survey no estado americano de Arizona observaram um objeto de luz bem fraca atravessando o céu. O chamado 2020 CD3, teve sua órbita calculada, onde confirmaram que o objeto do tamanho aproximado de um carro, tem se aproximado cada vez mais da terra nos últimos três anos – o que indica que seja um asteroide capturado pela gravidade terráquea conforme passava pelas redondezas.

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Como eram as primeiras criaturas a habitar a Terra

A vida tornou-se mais difundida e complexa após a ‘Explosão Cambriana’, há cerca de 540 milhões de anos.

Quando a vida complexa surgiu na Terra antiga, não se parecia com nada que conhecemos hoje. Um exemplo é no extremo sudeste de Terra Nova, no Canadá, onde falésias acidentadas se elevaram de maneira imponente sobre o mar. Agora, os penhascos selvagens e irregulares são famosos por outro motivo. Eles estão no centro de um debate sobre um dos maiores mistérios da Terra — exatamente como e quando a vida complexa evoluiu pela primeira vez.

Os fósseis neste local foram preservados há cerca de 570 milhões de anos durante o período Ediacarano, quando uma série de erupções vulcânicas cobriu o fundo do mar de cinzas, proporcionando um “instante” de vida na época. Alguns fósseis encontrados, como os rangeomorfos, se assemelhavam a samambaias gigantes. Outros tinham uma aparência de arbusto ou repolho. Muitos pareciam sacos sem forma, ou travesseiros finos e acolchoados, enquanto outros tinham uma semelhança com enormes canetas marinhas.

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Planeta Terra era completamente coberto por água há 3 bilhões de anos

Pesquisas foram conduzidas no noroeste do Outback australiano (Foto: Jana Meixnerova; Benjamin Johnson/University of Colorado).

Um novo artigo publicado na Nature Geoscience trouxe à tona uma hipótese inovadora sobre o passado da Terra. Segundo o estudo, há 3,2 bilhões de anos atrás o nosso planeta era coberto completamente por água — sem nenhum grande pedaço de terra à vista.

“Não há amostras de água oceânica realmente antiga por aí, mas temos rochas que interagiram com a água do mar e ‘se lembram’ dessa interação”, disse Benjamin Johnson, um dos pesquisadores, em comunicado. O processo realizado na pesquisa, é similar a analisar os grãos de café para coletar informações sobre a água que foi derramada sobre ele.

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