47 metros cúbicos de castanheira são apreendidos em São Paulo

A Ditec – Divisão de Controle e Fiscalização do Ibama em São Paulo apreendeu um caminhão com aproximadamente 47 metros cúbicos de castanheira, em Carapicuíba, na região da grande São Paulo. A madeira, descrita em nota fiscal da Madeireira Itamarati, de Itupiranga, no Pará, como eucalipto, foi localizada numa das ações da Operação Maçaranduba, iniciada em agosto do ano passado.

Os agentes do Ibama buscavam a localização de um caminhão vermelho, que iria “picar” – entregar a diferentes serrarias – uma carga de madeira irregular. Na ação, iniciada no final da tarde de quinta-feira (22), os fiscais chegaram ao caminhão Scania, vermelho, de propriedade de Adriano Roberto Cavalcante, que estava escondido em Carapicuíba. O caminhão e a carga foram apreendidos.

O motorista Adriano Roberto Cavalcante vai ser autuado por crime ambiental e receberá multa a ser fixada com a conclusão do romaneio da carga (a cubagem da madeira). A carga de castanheira ficará sob guarda da Floresta Nacional de Ipanema, unidade de conservação de uso sustentável do Ibama, em Iperó, até a conclusão do processo.

A Operação Maçaranduba está fiscalizando madeireiras, serrarias e indústrias de móveis, para localização de cargas irregulares de madeira. Os primeiros resultados da Operação serão conhecidos em março, mas, ressalta o coordenador da Fiscalização do Ibama do Estado de São Paulo, Luiz Antonio Lima, “somente no final do ano, apreendemos quase 450 metros cúbicos de mogno”.

O abate da castanheira – Bertholletia excelsa –, também conhecida popularmente por castanheira-do-brasil, está proibido desde 1994. A planta, que está na categoria de vulnerável, somente pode ser retirada quando estiver morta (sem folhas, com galhos e tronco secos) ou desvitalizada (com as funções vitais paralisadas). O eucalipto – espécie exótica de rápido crescimento – não é encontrado na região Norte do país, sendo cultivado em estados do Sul e Sudeste. A castanheira ocorre no Amazonas, Pará, Maranhão, Rondônia e Acre. (Janette Gutierre/ Ibama)