Eles pretendem reunir conhecimento sobre os impactos nos territórios, articular forças sociais para proposições alternativas ao projeto e traçar estratégias de ação. Já confirmaram presença líderes das tribos Xipáia, Juruna, Kayapó, Arara, Curuáia, Asurini e Xikrim, do Pará, e povos indígenas de outros Estados, entre eles os Krikati (MA), Apinajé (TO) e de Rondônia, que serão atingidos pelas usinas hidrelétricas planejadas para o rio Madeira.
Também participam do encontro pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), institutos Internacional de Educação do Brasil (IIEB) e Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Greenpeace, além de representantes do Ministério Publico Federal no Pará, Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e pastorais sociais. As palestras e debates vão esclarecer sobre a obra e sobre o que diz a legislação brasileira em relação a projetos que incidem em terras indígenas.
O seminário trará também apresentação de experiências de outras barragens – entre elas a de Tucuruí e Balbina – e seus impactos sobre as populações. O encerramento do seminário será realizado junto com os participantes da Semana Social. Os grupos realizarão uma caminhada em Altamira. O seminário é organizado pelo Cimi, Prelazia do Xingu e pelo Movimento pelo Desenvolvimento da Transamazônica (MDTX).
Entre os temas que serão debatidos figuram ‘Direitos Indígenas diante de grandes Projetos’ e ‘Caso Belo Monte e outras Hidrelétricas’. Entre os debatedores estão Felício Pontes Júnior, procurador-chefe do Ministério Público Federal; Paulo Guimarães, assessor jurídico do Cimi, e Jecinaldo Cabral, secretário executivo da Coiab.
O tema ‘Inviabilidade de Belo Monte’ terá como debatedores os professores Reinaldo Costa, do Inpa; Tarcisio Feitosa, do IIEB, e Jane Beltrão, da UFPA. Os ‘ Impactos sobre povos Indígenas’ serão debatidos por índios de Altamira, Rondônia, Maranhão e Tocantins, professor Raimundo Moraes (Projeto Alcoa-Juruti) e Movimentos dos Atingidos por Barragens (MAB). O tema ‘Alternativas às Hidrelétricas’ será debatido por representantes do IIEB, Inpa e MAB. (O Liberal/PA/ Amazônia.org)