O processo de demarcação da área, segundo a assessoria do Cimi – Conselho Indigenista Missionário, está sendo feito há mais de dez anos pela Funai – Fundação Nacional do Índio. Procurada pela Agência Brasil há dois dias, a Funai não confirmou a informação até a publicação desta nota.
Nesta sexta-feira (29), o juiz federal Georgius Luís Argentini Principe Credidio, da 20ª Vara Federal de Salgueiro, Pernambuco, determinou a devolução da área ocupada à União. A Polícia Federal e a Fundação Nacional do Índio deverão acompanhar a desocupação da área. Já os movimentos sociais prometem resistir.
Na quinta-feira (28), foi celebrada uma missa pelo bispo diocesano de Barra (BA), Dom Luiz Flávio Cappio, que foi ao acampamento para manifestar sua solidariedade. Em 2005, Cappio fez uma greve de fome em protesto à transposição do São Francisco.
Desde a última terça-feira (26) manifestantes de movimentos sociais estão em Cabrobó, que fica no sertão pernambucano, para tentar impedir a continuidade das obras de integração do Rio São Francisco. Um dia antes, o 2º Batalhão de Construção e Engenharia do Exército começou as obras de destacamento e de topografia para a transposição no município.
Entre os participantes da manifestação estão indígenas, quilombolas, integrantes do MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens e do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. (Agência Brasil)