Plano Diretor define focos de atuação do Inpe

O que vai acontecer com o Brasil, em termos ambientais, se os americanos continuarem queimando carbono ou se as emissões de gases-estufa forem reduzidas no mundo? As perguntas são apenas exemplos do que o Inpe – Instituto de Pesquisas Espaciais pretende responder com o primeiro Plano Diretor (PD) da instituição, apresentado ontem em sua sede, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba.

“O plano mostra o que esperar do Inpe no século 21”, afirmou o diretor do órgão, Gilberto Câmara. “Hoje, o monitoramento da previsão do tempo é feito com uma semana de antecedência, e a previsão climática, com seis meses. O que fazemos é baseado no que sabemos. Queremos e precisamos ir adiante”, completou.

Cenários do futuro relativos à evolução da ciência, à revolução de tecnologias, à inovação nas áreas espacial e terrestre do país, nos próximos dez anos, foram identificados para que a trajetória pudesse ser estabelecida no primeiro PD. O resultado desse trabalho serviu de base para a definição das trajetórias em dez aspectos. O Inpe quer, por exemplo, desenvolver ferramentas que fortaleçam sua atuação nas áreas de saúde, segurança pública, desenvolvimento urbano e educação. As políticas sociais no Brasil são o primeiro aspecto do PD.

O segundo aspecto do novo plano está centrado nos desafios relacionados às mudanças climáticas. O objetivo é “consolidar seu papel no desenvolvimento e na operação de modelos e previsões numéricas de tempo e clima para apoiar as decisões governamentais com impactos nacional e regional”, diz o texto do PD. O agronegócio, a exploração de energia e dos recursos naturais por meio do desenvolvimento de satélites, a evolução da cadeia produtiva espacial no Brasil e as relações com outros institutos de pesquisa do Estado também estão no plano. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”. (Globo Online)