Bruxelas, porém, pede que os consumidores europeus continuem comprando os alimentos da região, insinuando que nem sempre os produtos importados – como os do Brasil – seguem padrões de saúde animal e de meio ambiente como existem na Europa.
Empresários, organizações internacionais e várias autoridades apontaram o etanol como o responsável pela elevação dos preços nas últimas semanas. A própria Nestlé, maior fabricante de alimentos do mundo, também apontou para o combustível como sendo em parte responsável pela elevação dos preços de seus produtos.
Isso porque o etanol estaria desviando terras destinadas à produção de alimentos para cultivos que acabariam nas usinas de combustível, seja no caso do milho, trigo ou cana-de-açúcar.
Mas para a comissária de Agricultura da União Européia, Mariann Fischer Boel, o motivo da alta não seria o biocombustível. “Mais significativo que isso é a queda de produção em várias partes do mundo, o clima inadequado na Europa e a maior demanda do leste da Ásia”, afirmou a comissária. Segundo ela, o impacto do etanol nos preços europeus é apenas “marginal”. (Estadão Online)