Seus autores afirmaram nesta segunda-feira (03), durante o lançamento da publicação, que tiveram de redesenhar rios e mudar de classificação algumas regiões em relação à última edição de 2003.
“Podemos literalmente ver os desastres ambientais acontecerem diante de nossos olhos. Acreditamos verdadeiramente que, em um futuro próximo, famosas paisagens desaparecerão para sempre”, afirmou Mick Ashworth, redator-chefe do atlas. “O contorno de certas regiões muda, como em Bangladesh. O nível do mar se eleva em 3 mm por ano, o que tem efeitos curiosos sobre a costa”, indicou.
O rio Huang He (rio Amarelo), segundo maior da China, “talvez não chegue a se juntar ao mar, o que acarretará alterações na costa”, completa Ashworth.
Os autores também estão preocupados com o fato de que grandes rios como o Grande e o Colorado, nos Estados Unidos, ou o Tigre, no Iraque, possam ficar sem alguns afluentes que correm o risco de secar no verão.
Outras mudanças importantes também são conseqüências da ação do homem – freqüentemente por atividades de irrigação -,como o desaparecimento de três quartos do mar de Aral em 40 anos, de 95% do lago Chade desde 1963 ou a diminuição de 25 metros do mar Morto em 50 anos.
Pelo lado positivo, os especialistas constataram que vastas extensões do pântano da Mesopotâmia, um dos maiores do mundo (situado na confluência do Tigre com o Eufrates), foram realimentadas pela água e estavam mais verdes. A água que chegava ao local havia sido drenada por Saddam Hussein. (Folha Online)