“A fiscalização vai ser rigorosa, para transmitir confiança ao consumidor. Nós não podemos facilitar e deixar transparecer para o Brasil que todo o projeto do biodiesel, no qual nós depositamos tantas esperanças, foi por água abaixo”, afirmou o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, durante o lançamento do Anuário Estatístico do Petróleo e Gás Natural 2007.
Segundo Haroldo Lima, já foi montada uma sala dentro da agência só para monitorar o projeto em nível nacional. “Nós vamos acompanhar as denúncias e as notícias, que venham de onde vierem, e teremos capacidade para sanar as dificuldades em tempo muito rápido”.
O diretor da ANP lembrou que a agência promoveu uma série de reuniões com as distribuidoras em quatro regiões do país para esclarecer a política de fiscalização.
“Nós estamos no mesmo barco. Se tudo der certo, todos vamos sair vitoriosos. Mas se der errado, todos vamos perder”, disse.
Para o diretor-geral da ANP, 2008 será o ano do biodiesel. “O projeto brasileiro é ousado e avançado, não só do ponto de vista econômico, mas também da inclusão social, pois incorpora uma quantidade muito grande de trabalhadores”, afirmou.
De acordo com a agência, a expectativa é comercializar um total de 800 milhões de litros de biodiesel por ano, misturados aos 40 bilhões de litros de diesel consumidos anualmente no país. Dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) informam que o plantio de oleagionosas para a produção de biodiesel – girassol, mamona, soja, pinhão manso e dendê – já gera renda para 100 mil famílias. (Agência Brasil)