Salamandra gigante e sapo minúsculo podem desaparecer, diz grupo

Uma salamandra chinesa surgida antes do “Tyrannosaurus rex” e o menor sapo do mundo integram um grupo de anfíbios raros e extremamente ameaçados, grupo esse que, segundo cientistas disseram na segunda-feira (21), precisa de proteção urgente a fim de sobreviver.

A salamandra, que é cega e consegue sobreviver durante dez anos sem comer nada, e um sapo púrpura que passa a maior parte de sua vida enterrado a 4 metros de profundidade fazem parte também de uma lista da Sociedade Zoológica de Londres com os dez anfíbios mais ameaçados do mundo.

“Essas espécies são os ‘canários da mina de carvão’ – são altamente sensíveis a fatores como as mudanças climáticas e a poluição, que podem provocar a extinção delas, e provêem um alerta contundente a respeito do que está por vir”, disse Jonathan Baillie, chefe do grupo de cientistas chamado Edge.

O Edge, sigla em inglês para Especiais do Ponto de Vista Evolucionário e Ameaçados Globalmente, é um projeto nascido um ano atrás para identificar e começar a proteger as criaturas mais estranhas e admiráveis da natureza.

Ao passo que os esforços da entidade no ano passado concentraram-se nos mamíferos em risco, os deste ano voltaram-se para os anfíbios negligenciados.

“Esses animais podem não ser bonitinhos ou fofinhos. Mas esperamos que a aparência estranha e o comportamento bizarro deles inspirem as pessoas a ajudarem na sua preservação”, disse Helen Meredith, chefe da seção de anfíbios do Edge.

O projeto não apenas tem por alvo espécies únicas, como também representa uma inovação por usar a internet (no site www.zsl.org/edge) a fim de chamar a atenção para os animais ameaçados e solicitar apoio das pessoas para que sejam protegidos. (Estadão Online)