A escola primária Ho Yat Tung permanecerá fechada até o dia 25 de março, pois mais de 30 alunos apresentaram sintomas como febre alta e forte tosse. Cinco crianças com idade entre seis e onze anos estão internadas.
O governo ainda não sabe se os estudantes doentes estão com um vírus do tipo H5N1, da gripe aviária, mas designou o médico microbiologista Yuen Kwok-yung, professor da Universidade de Hong Kong para investigar.
Até o momento 25 crianças foram contaminadas, 11 estão internadas e 197 apresentaram licença médica para não comparecer às aulas, segundo números do departamento de saúde citados pelo jornal local Apple Daily no site www.atnext.com.
Mortes – Na terça-feira (11) um aluno de sete anos morreu depois de ter dado entrada no hospital de Tuen Mun inconsciente. No começo do mês uma menina de três anos morreu no mesmo hospital com sintomas semelhantes.
Em 27 de fevereiro autoridades já haviam registrado o caso de óbito de uma criança de dois anos em decorrência de gripe.
Até esta quarta-feira pelo menos doze escolas já registraram casos de alunos com sintomas da gripe e duas instituições disseram que consideram suspender as aulas.
“Na semana passada 32 estudantes apresentaram atestados de ausência, o número de alunos que pediram licença pulou para 85 na terça e hoje (quarta) foram 99”, disse o vice-diretor do colégio Yue Long, Chan Chi-hung ao jornal South China Morning Post.
As investigações estão em andamento, mas evidências iniciais sugerem que a razão do óbito nos casos mais recentes não tenha sido necessariamente gripe.
A menina de três anos teria sofrido de síndrome de Reye, que tem sintomas semelhantes a um resfriado e ocorre quando crianças tomam aspirina. Enquanto que o menino teria falecido de meningite, afirmou Yuen ao jornal South China Morning Post.
Epidemia – O vírus da gripe aviária é altamente patogênico e contagioso. Os primeiros casos da doença apareceram no começo dos anos 90 e desde então autoridades lutam para conter o vírus. Somente na China, 29 casos já foram registrados. O último foi confirmado no dia 22 de fevereiro.
Hong Kong está especialmente preocupada, pois teme ver se repetir uma epidemia como a que ocorreu em 2003 por causa da SARS, Síndrome Respiratória Aguda Grave.
A epidemia de SARS infectou mais de 1.755 pessoas, segundo números da Organização Mundial de Saúde (OMC), suspendeu as aulas por sete semanas e teve forte impacto negativo na economia local. (Estadão Online)