A energia produzida por produtos da cana representou 16%, enquanto que a hidráulica foi de 14,7%. Ela só perde para o petróleo, que representa 36,7% das fontes usadas no país.
Em entrevista coletiva para divulgar o balanço da oferta e do consumo de energia no país no ano passado, Tolmasquim destacou que as fontes renováveis – hidráulica, carvão vegetal e produtos de cana-de-açúcar – representaram 46,4% de toda a produção.
“O ano passado foi um ano muito importante e simbólico para o setor elétrico no Brasil. Primeiro, porque 70% do crescimento do consumo de energia no país foram devidos a fontes renováveis. (…) Segundo, porque a cana passou a ser mais importante na matriz energética que a hidráulica. Durante anos e décadas, a hidráulica foi a segunda fonte [atrás do petróleo]. Tudo indica que é uma tendência que veio para ficar”, declarou Tolmasquim.
Segundo o presidente da EPE, “isso mostra uma tendência muito forte do avanço do etanol como fonte energética. O ritmo da produção da energia do etanol é irreversível”. De acordo com Tolmasquim, o país tem “totais condições” de aumentar a produção de etanol sem que isso afete a produção de alimentos.
O presidente da EPE afirmou ainda que o Brasil se destaca no cenário mundial por produzir ter uma matriz energética limpa e renovável e que chega barata para o consumidor, pois não precisa de subsídios.
“Cerca de 46% da energia consumida no Brasil vem de recursos renováveis sem qualquer tipo de ônus para o consumidor”, disse Tolmasquim. (Fonte: Globo Online)