Museu arqueológico Penn vai digitalizar todo acervo na web

O museu de arqueologia e antropologia da Universidade da Pensilvânia quer se modernizar para o século 21 através de um plano ambicioso para dividir seus tesouros com o mundo via internet.

O museu, líder nacional e internacional em seu segmento desde a fundação, em 1887, vai começar a criar, em setembro, uma “espinha digital” na qual seu acervo de cerca de 1 milhão de objetos vai ser catalogado na internet.

Segundo o novo diretor do museu, Richard Hodges, a idéia é abrir a coleção para estudantes, pesquisadores e para o público em geral no mundo inteiro, pois 95% do acervo não está em exibição.

A criação do catálogo virtual vai fornecer acesso inédito a objetos que representam a herança cultural de civilizações visitadas pelas expedições arqueológicas do museu nos últimos 121 anos.

O projeto, cujo custo é estimado em US$ 7 milhões a US$ 10 milhões, deve levar três anos para ser concluído.

“No museu Penn, temos um depósito extraordinário de heranças culturais”, disse Hodges. “Temos a obrigação de liderar o trabalho de professores, organizações educacionais e países emergentes para descobrir e, às vezes, reclamar a herança cultural”.

Entre os artefatos a ser digitalizados, estão os tesouros das tumbas reais de Ur, no Iraque e uma coleção famosa da civilização suméria de 2500 a.C, descoberta em uma expedição conjunta do museu Penn e do arqueólogo britânico C. Leonard Woolley, em meados dos anos 1920.

O novo catálogo digital vai incluir também objetos da escavação de um cemitério pré-colombiano no Panamá, nos anos 1940. Esta coleção, exibida em 2007, contém 120 artefatos de ouro, incluindo condecorações, ornamentos para nariz, objetos de marfim e pedras semipreciosas.

Apesar dos artigos mais famosos estarem expostos no museu, a maioria é mantida em prateleiras e armários de temperatura controlada, escondidas nos labirintos do porão.

Hodges também planeja digitalizar os registros arqueológicos das centenas de expedições que levaram os artefatos à Filadélfia. Entre eles, estão cadernos repletos de relatos sobre as escavações das ruínas maias de Tikal, na Guatemala, entre 1956 e 1970. (Fonte: Estadão Online)