Embora a proposta original, apresentada por diversas organizações ecologistas, pedisse uma moratória na geração dessa “alternativa” ao petróleo, finalmente o texto foi reduzido a uma petição para que não sejam concedidas ajudas públicas.
Esta era uma das iniciativas mais esperadas na Assembléia da IUCN, que reuniu nesta terça-feira em Barcelona, representantes de governos, ONGs, cientistas e grupos indígenas, e que marcará a agenda da organização para os próximos quatro anos.
O presidente do comitê sul-americano da IUCN, Jorge Cappato, lamentou que a moratória não tenha seguido em diante já que, segundo argumentou, existem informes que apontam que os biocombustíveis não são a “panacéia que prometem ser.”
Cappato ressaltou que se a petição for cumprida e as administrações deixarem de subvencionar a produção deste tipo de combustíveis, será demonstrado que não são rentáveis, e que são uma “fraude e uma mentira” baseada em suas “duvidosas” vantagens.
Na jornada desta terça-feira também foi aprovada outra proposta, patrocinada pela Fundação Proteger, e destinada a alertar a outros governos sul-americanos sobre o impacto ambiental das 190 “macro-infra-estruturas” desenvolvidas por iniciativa da Iniciativa pela Integração da Infra-estrutura Regional Sul-americana (IIRSA), no valor de US$ 23 milhões.
A esse respeito, Cappato explicou que em muitos casos se tratam de obras que necessitam de enormes investimentos, cujo objetivo é o desenvolvimento das populações locais. (Fonte: Estadão Online)