A organização planeja comercializar o produto como alternativa aos combustíveis fósseis até 2020.
No momento, a agência quer recrutar cientistas especialistas em algas para desenvolver o “óleo verde”. O desafio é produzir o combustível de algas em larga escala e com custo viável.
A Carbon Trust acredita que biocombustíveis de alga têm potencial para substituir até 12% dos combustíveis usados em aviões, ou 6% do diesel usado em estradas em todo o mundo, até 2030.
A quantia seria equivalente a uma redução de emissão de 160 milhões de toneladas de gás carbônico por ano em todo o mundo, com um valor de mercado de mais de 15 bilhões de libras (cerca de R$ 57,2 bilhões).
Alternativa sustentável – “Nós precisamos encontrar uma alternativa economicamente viável e sustentável para nossos carros e aviões, se formos cortar as emissões de carbono ao nível necessário para combater as mudanças climáticas”, disse Mark Williamson, diretor de Inovações da Carbon Trust.
“As algas podem providenciar uma parte significativa desta resposta e representam uma oportunidade multibilionária.”
A agência estima que, se o projeto for bem sucedido, as algas poderiam garantir de 6 a 10 vezes mais energia por hectare do que as plantações para a produção de biocombustíveis convencionais, e reduzir em até 80% as emissões de carbono em relação aos combustíveis fósseis.
Além disso, a Carbon Trust alega que, ao contrário da matéria prima dos biocombustíveis tradicionais, as algas podem ser cultivadas em terras não aráveis, usando água do mar ou do esgoto.
“Assim o uso da alga como matéria prima de biocombustível evita muitos dos impactos ambientais, ecológicos e sociais negativos associados à primeira geração de biocombustíveis”, diz o comunicado da agência.
Para o secretário britânico dos Transportes, Andrew Adonis, “todo mundo concorda que para combater mudanças climáticas precisamos desenvolver combustíveis novos e mais limpos. Mas está claro que os biocombustíveis só vão ter um papel nesta questão se eles forem produzidos de maneira sustentável”.
O projeto quer acelerar a comercialização do biocombustível feito de alga em duas fases. A primeira será identificando as melhores espécies para o produto e métodos de produção que maximizem os resultados; e a segunda, prevendo a construção de uma usina para testes e demonstração. (Fonte: Estadão Online)