“O fundo tem que ter condições de fazer esses recursos chegarem às populações locais, deve privilegiar projetos que descentralizem recursos. Não podemos apostar no fundo apenas para fazer gestão ambiental e controle e fiscalização”, defende. Ela frisa também que a aplicação do dinheiro deve compensar as pessoas que conservaram a floresta além do exigido pela legislação.
Segundo Ramos, até o final do ano as regras básicas de funcionamento do Fundo Amazônia estarão definidas. A destinação do dinheiro, contudo, deve acontecer apenas em março de 2009.
Mais envolvimento – A ambientalista também defende um envolvimento maior de outros ministérios – além do Meio Ambiente – na conservação das florestas. “Quem está realmente envolvido em assumir o combate ao desmatamento é o Ministério do Meio Ambiente. Os setores responsáveis pelo fomento ao uso sustentável, pelo maior aproveitamento das áreas abertas, estão se eximindo desse controle. É o caso do Ministério da Agricultura e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior”, aponta.
Para Ramos, a criação do Fundo Amazônia pode estimular outras áreas do governo a prestar mais atenção às questões ambientais. “Ele tem também a função de fomentar outros setores do governo a assumirem os seus papéis”.
Outro ponto importante, segundo a ambientalista, é que o fundo possa ajudar os estados a se preparar para fiscalizar os projetos de extração de madeira. “Eles receberam a atribuição de fazer a gestão florestal, e não estão preparados para lidar com esse controle”, afirma. (Fonte: G1)